2001 foi realizado em 1968 pelo cineasta Stanley Kubrick e é considerado uma das ficções científicas mais importantes do cinema. A história começa com a invenção da primeira arma baseada em ossos pelos ancentrais pré-históricos do ser humano. Milhões de anos depois, a relação do homem com a tecnologia apesar de refinada, ainda é a mesma: submeter a natureza e outros homens ao seu poder.
A exploração do espaço sideral, que prometia abrir a cabeça para novas lógicas de vida, acaba caindo na tradicional disputa política por propriedade.
As interfaces das naves espaciais são baseadas em múltipas telas com visualizações tridimensionais e controles tangíveis, tais como manches e botões. Interessante notar que os computadores da época em que o filme foi feito não exibiam gráficos e eram operados pela digitação em prompts, algo que não aparece no filme.
Para guiar a nave espacial de colonização do planeta Júpiter, é designado o computador inteligente HAL 9000, mais cinco tripulantes humanos. Num primeiro momento, HAL se comporta como um computador prestativo e polido, atendendo a todos os pedidos dos tripulantes com servidão, porém, com o tempo começa a realizar ações sem o consentimento dos operadores humanos.
A interface do HAL é bem interessante. Em qualquer ponto da nave, os usuários podem se comunicar com ele por comandos de voz. HAL, por sua vez, possui câmeras que permitem enxergar tudo o que se passa nos arredores. Computação pervasiva transparente, ou nem tanto.
Os usuários acreditam estar no poder, mas na verdade estão sendo controlados pelo computador. Quando surge a oportunidade, HAL tenta eliminar os tripulantes humanos, pois acredita que só assim poderá evitar erros no cumprimento da missão. É comum as interfaces protegerem os usuários de erros de operação usando travas e impedimentos. Porém, HAL vai além: ele quer eliminar erros pela raiz. O computador perfeito é aquele que não tem usuários.
O filme é um convite à reflexão sobre a ambição humana de superar sua própria humanidade. Do início pré-histórico, passando pelo episódio HAL, como no desfecho do filme, o homem busca criar algo maior que si próprio, mas quanto mais cresce, mais descobre que o universo é maior do que imaginava.
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