A pesquisa sobre Educação em Design de Interação têm apontado para a necessidade de rever a prática reflexiva do ateliê de projetos frente ao uso crescente do material digital para intensificar opressões. Dentre as pedagogias críticas que estão sendo consideradas para trabalhar com esse fenômeno, o Teatro do Oprimido oferece um arsenal de técnicas para encenar, analisar, criticar e mudar situações cotidianas que reiteram opressões históricas entre grupos sociais. Essas técnicas permitem envolver ativamente o corpo no processo pedagógico, além de promover a criatividade estética e a participação democrática. Mais do que isso, revelam a dimensão política do projeto de interação e seu potencial para lutar contra a opressão.
Teatro do Oprimido na Educação em Design de Interação [PDF] 2 páginas
Jogo dramáticos
Círculo máximo e mínimo: Os atores devem dar as mãos e tentar ocupar o círculo máximo e depois o mínimo, várias vezes. Quando chega no máximo ou no mínimo pode pender o corpo para a direita e esquerda sem tirar o pé do chão. Ao fim, pode ser feita uma sequência de respiração sincronizada com a abertura (expiração) e fechamento do círculo (expiração).
Mosquito africano: Forma-se uma roda. As pessoas batem palmas em duplas enquanto uma pessoa no meio da dupla se abaixa. O mosquito começa voando devagar e vai ficando mais rápido. A partir de um determinado momento, o mosquito inverte a direção com a palavra "Troca".
Metoca: Começa com ritmo no estalar de dedos, depois só movimento de braços. Por fim, um por um devem pular mantendo o ritmo. Um a um, dois a dois, três a três.
Hipnotismo colombiano: Formar duplas entre pessoas que se conhecem de preferência. Decidir quem será o primeiro hipnotizador. O hipnotizador utilizará sua palma para mover muito devagarinho o hipnotizado, que fica com o olhar fixo na palma do hipnotizador. Depois de um tempo trocam-se os papéis. Por fim, os dois se hipnotizam mutuamente.
Cheiro das Mãos: Formam-se grupos de 5 pessoas em filas. Uma pessoa é destacada do grupo e deve memorizar o cheiro da mão de cada membro do grupo com os olhos fechados. Depois os membros são reordenados e apresentam suas mãos para a pessoa destacada reconhecer quem é. Se a identificação for correta, a pessoa fica ao lado direito, senão ao lado esquerdo. Depois de completo, outra pessoa do grupo é destacada até que todos tenham passado por esse papel.
Quantos As existem em um A: Um participante vai ate? o centro e exprime um sentimento, uma sensac?a?o ou uma ide?ia, usando somente um dos sons da letra ?a?, com todas as inflexo?es, gestos e movimentos que for capaz de executar. Todos os outros repetira?o duas vezes o mesmo som e ac?a?o, tentando sentir tambe?m o mesmo sentimento, sensac?a?o ou ide?ia que produziu o primeiro participante. Depois serão exploradas outras vogais, sim e não. Por fim, são ditas frases opressivas e frases libertadoras.
Teatro Jornal
Leitura de notícia sobre lançamento funcionalidade Uber Comfort (Olhar Digital)
Dramatização: os atores escolhem uma notícia para dramatizar. Um estudante lê em voz alta enquanto os outros realizam a mímica das ações.
Leitura com Ritmo: a notícia é cantada ao invés de lida. Os estudantes podem realizar sons corporais para apoiar o canto.
Ação Paralela: enquanto um ator lê a notícia, os demais mostram ações que não estão sendo descritas pela notícia, mas que revelam porque o fato da notícia aconteceu.
Teatro imagem
Teatro fórum
AMSTEL, Frederick M.C. van. Teatro do Oprimido na Educação em Design de Interação. In: PROPOSTAS DE MINICURSOS - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FATORES HUMANOS EM SISTEMAS COMPUTACIONAIS (IHC), 18. , 2019, Vitória. Anais Estendidos do XVIII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, oct. 2019 . p. 11-12.
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