Seleção natural e o futuro do flash

A febre pelo Flash passou. A partir de agora, ele só vai sobreviver em nichos específicos que a Macromedia está desperadamente tentando encontrar. Digo isso porque li uma notícia que a EGO7 lançou um gerenciador de conteúdo em Flash (todo mundo deve lembrar do site deles que tinha uns vídeos de silhueta e uma aparência de desktop). Pois é, veja como ficou agora o site deles. Ahhh.. aderiram ao webstandards assim como a WDDG e muitos outros? Antes fosse. Os caras criaram um pseudo-html em Flash. Para que então ser Flash, seus animais?

Eles devem ser tão cabeça-dura que não leram as vantagens de adotar webstandards. Falam que seu sistema separa conteúdo de formatação e isso facilita a vida dos administradores do site. E o usuário onde fica? Ele também não pode ter essa separação? Não, porque o Flash não permite. Aí você pensa, e eu com isso? Você talvez não use o Opera que desliga os estilos da página, talvez não tenha um Palm, mas com certeza você usa o Google. Repito pela enésima vez, nada disso funciona com Flash.

Hoje em dia é assim: não tem compatibilidade, tá fora. O meio digital está deixando de ser uma Torre de Babel e estabelecendo os padrões. É preciso adotá-los a qualquer custo. Esse é o fator seletivo. Não que a Macromedia não esteja ciente disso e não esteja fazendo por onde. Só acho que ela está lenta e perdendo tempo com coisas com o Central, totalmente anti-web. Eu ainda acredito em Flash para infográficos, hotsites e RIAs. Só não sei até quando.

Fred van Amstel (fred@usabilidoido.com.br), 22.04.2004

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