Três infografistas famosos participaram de uma sessão de discussão sobre infográficos interativos e geraram um rascunho com recomendações para quem vai produzir infográficos interativos. Como essa área tem muito em comum com o desenvolvimento de outros produtos interativos (website, softwares), não estranhe se sentir que já leu isso em algum outro lugar. De qualquer forma, traduzi os mais interessantes só para reforçar:
Gaste o tempo organizando os seus pensamentos e faça um brainstorm com a equipe alguns minutos (mesmo que só na hora do cafézinho) para salvar horas de trabalho perdido depois. Não deixe de fazer um storyboard.
Se você antecipar qualquer crescimento da seu pacote de estórias (assim como a maioria dos especiais de notíocias o fazem), pode construir uma interface que permite esse crescimento. Não se deixe ser pego adicionando um "botão extra" só porque você não tinha um plano emergencial.
Faça modelos padrão para serem usado em várias estórias de mesma ordem para que você possa se concentrar na contação de estórias e no jornalismo. Isso vai permitir que você desenvolva estórias mais complexas e visualmente desafiadoras para coberturas especiais.
Eles estão sempre com pressa; estressados nos seus teclados, prontos para ir embora. Eles estão prestando muito menos atenção do que nos impressos, na televisão ou no rádio. Corte e edite sem perdão suas animações, áudio e vídeo. E pule rapidamente para a estória: os primeiros 10 segundos são críticos para prender a atenção do usuário na peça.
Use títulos, subtítulos e texto bem breve para explicar sobre o que sua estória trata e porque ela é importante, antes dela começar. Leve em conta que seu visitante pode estar chegando por um link não-informartivo ou um buscador -- em outras palavras, fora de contexto.
Quando estiver desenvolvendo interfaces para pacotes especiais, não se esqueça dos básicos sobre consistência, contraste/ hierarquia e contraste.
Assim como o editor visual, você decide o que é mais importante e o que é secundáro. Use contraste para ajudar a guiar o seu leitor através da estória a partir do mais importante para o menos. E não, nem tudo pode ser manchetado.
É fácil projetar um componente bonitinho, que pareça fantástico sozinho, mas uma vez na página atual -- com títulos, rodapés, banners e textos -- se torne confuso e ruidoso.
Não force o seu usuário a aprender uma interface toda nova se a história não precisar disso.
Interfaces de usuário são mais que design gráfico, entretanto designers gráficos são comumente alocados para construí-las. Navegação confusa ou pobre (mesmo que bonita) pode detonar um projeto. Mantenha suas interfaces simples; reuse elementos quando puder e se aproveite de modelos estabelecidos (como as interfaces do Windows e do Macintosh) e faça os seus se comportarem do mesmo jeito.
Faça mini-testes de usabilidade com amigos que sejam interessados no assunto, mas não familiar com o projeto. Eles vão achar buracos na medida em que você mergulha no projeto testando todos os aspectos da interface.
Mesmo em (ou especialmente em) componentes em Flash, gaste o tempo extra para fazer um sisterma de rastreamento para saber exatamente o que os seus usuários estão fazendo. Isso vai minimizar a adivinhação sobre o que as pessoas preferem do seu conteúdo e como estão entendendo bem a sua interface.
Considere formas de amenizar uma estória. Talvez correr riscos online que a mídia tradicional não pode correr. O seu destaque noticioso poderia ser um jogo? Você consegue colocar um toque de divertimento no seu assunto, na mídia Web? Você consegue criar momentos divertidos para dar uma quebra numa estória mais séria?
Fred van Amstel (fred@usabilidoido.com.br), 23.08.2004
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