A Publicidade está sempre atrás de novas tecnologias que possam ser usadas para chamar a atenção do consumidor. Com Design de Interação é possível criar experiências de interação não só com a Web, mas também com celular e instalações interativas.
Quando estava em férias no Rio de Janeiro me deparei com esta campanha da Neosaldina envolvendo mídia externa que disparava interação mobile. Os transeuntes são convidados a mandar SMS dizendo se o Rio está feliz ou não e o sorriso no outdoor aumenta de tamanho, demonstrando o índice do dia.
No site da campanha é possível verificar o histórico dos dias e ver que no final do mês de outubro alguma coisa (provavelmente alguma demonstração pública de violência) fez os cariocas expressarem infelicidade. Faltou um mashup com as notícias do dia dos principais jornais do Rio pra saber o real motivo.
Ao invés de se posicionar no centro da interação, a marca se coloca como uma mediadora entre o indivíduo e a comunidade em que vive. Através da Neosaldina o carioca pode saber o que os outros estão pensando em relação à campanha e também à sua cidade.
Imagine se há alguns anos atrás uma empresa estaria disposta a alterar sua marca em função dos humores de seu público? A marca era sagrada, o consumidor, profano. Hoje, a relação é outra. Abundância de concorrência e informação permitem ao consumidor escolher melhor. O critério de escolha deixa de ser o melhor de todos e passa a ser o melhor para mim. As interfaces se tornam o fulcro da profanação das marcas. Cabe ao anunciante criar interfaces e abrir sua marca, convidando o consumidor à cocriação.
Uma das interfaces pouco exploradas no Brasil são as instalações interativas. No stand da Ford para uma feira automobilística, o visitante podia gravar um vídeo que era mixado por um VJ ao vivo, numa mega interface touchscreen.
Mais exemplos de instalações interativas comerciais no blog do Instituto Faber-Ludens.
Fred van Amstel (fred@usabilidoido.com.br), 17.03.2009
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