O projeto de produtos, espaços e serviços pode se tornar uma verdadeira criação coletiva se os usuários puderem participar do mesmo. Os usuários entram com o conhecimento da sua atividade e os designers com o pensamento projetual. O resultado são inovações do ponto de vista do usuário: facilidade de uso, necessidades atendidas e flexibilidade para adaptação. Esta palestra apresenta projetos participativos conduzidos pelo palestrante no Brasil, Inglaterra e Holanda.
Gravação da palestra realizada na Universidade Positivo dia 16/06/2015.
Criação coletiva e participação de usuários [MP3] 64 MB 1h36min
O portal da Universidade Positivo divulgou uma notícia com um resumo da palestra.
A experiência em participação colaborativa levou o profissional a ser convidado pela Secretaria da Presidência da República a compartilhar seus conhecimentos. Assim, foi originado um espaço de cocriação, onde funcionários públicos, empresários, professores universitários e pesquisadores levaram ideias para o governo melhorar os canais de participação social com o cidadão. ?Como as ideias ainda estão começando a ser implementadas, provavelmente ainda deve levar muito tempo para que tenham algum impacto. Mas se alguém ouvir falar nas próximas semanas em Dialoga Brasil, saiba que foi gerado a partir dessa colaboração?, diz Amstel.
No Brasil, o conceito de coletividade tem gerado frutos interessantes. Um deles foi a reformulação coletiva do portal da UFPR, que tinha navegabilidade ruim. A ordem do menu do portal foi definida por meio de uma técnica chamada ?card-sorting?, na qual o usuário mostra, por meio de cartões, como classifica as informações em sua mente. As amostras são analisadas para que os padrões seguidos pela maioria sejam identificados e concatenados em uma configuração final.
Na Holanda (lugar em que nasceram seus avós), onde o palestrante finaliza Doutorado em Design Participativo, trabalhar coletivamente é mais do que um conceito, é uma necessidade para que o país consiga conter a invasão do marítima, que acontece pelo fato de grande parte do território estar abaixo do nível do mar.
No país, a coletividade é tão presente que é tratada como prática comum. Exemplo disso é o fato de que o recolhimento do lixo de algumas lixeiras urbanas é de reponsabilidade da comunidade. A prefeitura disponibiliza a lixeira, mas o esvaziamento deve ser feito pelos moradores. Outra iniciativa foi a construção de uma passarela na cidade de Rotterdam, financiada coletivamente por cidadãos. A prefeitura alegou não ter dinheiro para a obra e a comunidade tomou a decisão de construí-la por conta própria, contando apenas com o suporte do governo municipal.
Fred van Amstel (fred@usabilidoido.com.br), 22.06.2015
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