Descobri um jeito de não afugentar clientes do investimento em pesquisa. É só não dizer que é pesquisa! É incrível... falou essa palavra e todo o resto que você disser é considerado sonho ou bla-bla-bla. Esse preconceito com a pesquisa no Brasil, que não é exclusivo do design de interação, deve ser fruto da síndrome de inferioridade em relação aos países que estão sempre aparecendo na mídia como os grandes pesquisadores.
O lance é embutir as técnicas de pesquisa no orçamento sem enfatizar isso. O orçamento é para análise de sistemas ou design de produto; as técnicas de pesquisa são só etapas essenciais para obter resultados de qualidade. Depois que o cliente aprovar o orçamento, vá mostrando aos poucos as vantagens da pesquisa e, no próximo projeto, é bem possível que o tabu esteja superado.
Pesquisa não custa caro demais, nem exige vasto conhecimento. Como disse numa palestra, todo design é sempre baseado em alguma forma de pesquisa, mesmo que não nos demos conta disso.
Gravei um podcast contando como descobri essa abordagem num projeto de mercado e como estou aplicando os conhecimentos acadêmicos na prática.
Pesquisa embutida no orçamento [MP3] 6 mb - 15 minutos
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Fala Fred,
Eu uso essa técnica com relativa freqüência, tanto para desenvolver pesquisas quanto para desenhar fontes exclusivas para identidades visuais. É uma solução muito legal, mas também há alguns problemas.
O mais recorrente deles por aqui acontece após a quebra do tabu, quando o cliente entende todo o potencial da pesquisa e resolve usá-la pra valer. Explicar que pesquisas maiores e mais completas são mais caras não é difícil no que diz respeito à parte tangível (entrevistadores, estrutura física etc). O problema é justificar o custo de análise dos dados, que muda significativamente se mudarmos de 10 para 20 participantes respondendo 20 questões. Como o resultado final apresentado ao cliente é sempre uma síntese (gráfico-numérica ou textual), adicionar mais 5 entrevistados parece tarefa simples.
Outro ponto importante é a sub-contratação de especialistas como estatísticos, moderadores de grupos focais, câmeras e técnicos de som, dependendo da investigação em questão. Já vi todo tipo de custo para o mesmo serviço de análise e tabulação de dados no SPSS, ou mesmo hora-homem diferenciada para moderadores mais experientes, o que acaba resultando em pequenos prejuízos quando o custo está "embutido".
Atualmente eu abro a planilha de custos da pesquisa para o cliente e o deixo à vontade para decidir o que pode pagar frente ao que deseja coletar de dados.
Abraços!
Olá Fred!
Então, acredito muito na pesquisa dentro de um projeto. Considero importante, não só para melhor estruturação do projeto, mas também para que o cliente contratante entenda e conheça o próprio público alvo.
Atualmente realizei uma pesquisa relativamente grande, em torno de 800 usuários, foi um pouco trabalhoso mas valeu apena, pois assim poderei exemplificar meu usuário ativo e sua tarefas mais comuns referentes ao produto.
Sempre que considero necessário para o projeto, busco mostrar ao "meu" cliente a importância desses dados para o bom funcionamento do seu produto.
Creio que quando mostro ao meu cliente o que o público alvo espera receber,estou também dando a ele a oportunidade não só de fidelizar um público, mas de ganhar através deste novos usuários.
É isso, valeu!!
Abçs
Obs: imagino que vc tava dirigindo, pude até sentir a sensação de passar pelo túnel =) Foi uma carona sinetésica!!
Eu tava dirigindo mesmo, mas não passei por túnel não. Tô seguindo a moda do Rene de Paula Jr: http://www.usina.com/rodaeavisa
Boa tarde.
Por que depois que eu clico em algum tópico a imagem que antes era mostrada desaparece?
Percebi que ele adiciona a classe "escondeimagem". Você poderia me explicar o porque disso?
Muito obrigado!
De fato, é um efeito proposital. Parto do princípio de que, uma vez que a imagem já te chamou a atenção na home, você não precisa que ela continue fazendo isso. O que achou?
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