No mês que vem estarei fazendo uma viagem curta ao Brasil para palestrar em dois eventos: Imasters Intercon e EBAI. Pretendo compartilhar as primeiras reflexões da minha pesquisa de doutorado sobre processos colaborativos de design.
O Intercon é o grande evento de Internet do mercado brasileiro. Já palestrei no evento em 2008 com o tema Internet das Coisas. Foi um pouco além do seu tempo. Não tive muito feedback. Agora que o mercado brasileiro começa a acordar para o assunto, mas ainda sem explorar o potencial que o Design de Interação oferece para a inovação nessa área.
Neste ano, pretendo apresentar um tema mais pé-no-chão. A Faculdade de Engenharia Civil onde estou fazendo meu doutorado tem me ajudado a identificar melhor o que possível e o que não é.
Uma coisa que não é possível é importar um processo de uma outra área sem fazer adaptações drásticas. O que funciona para um tipo de projeto, pode não funcionar para o outro.
A metodologia mais usada no Brasil para projetar a Experiência do Usuário (UX), segundo pesquisa realizada pelo Guilhermo Reis, é baseada numa metáfora de prédio, onde cada etapa do projeto representa um andar. O princípio básico é que não se deve construir o próximo andar antes de terminar o anterior.
Mas não é assim que prédios são feitos hoje em dia. A demanda por agilidade na construção civil fez os modelos cascata se tornarem obsoletos há muito tempo. Tais demandas são similares no desenvolvimento de aplicativos, mas as metodologias de UX atuais não estão preparadas para isso.
O objetivo é apresentar um modelo cíclico de UX que permite o envolvimento de usuários em todas as camadas de projeto, sem diminuir a agilidade do projeto.
Já a palestra do EBAI (Encontro Brasileiro de Arquitetura da Informação) será mais focada no ecossistema de Design Livre criado pelo Instituto Faber-Ludens, em especial o Corais e o UX Cards.
Vou falar um pouco sobre a filosofia do Design Livre, mas o foco principal será em descrever como estamos fazendo na prática. Tentarei resumir algumas táticas que podem ser aplicadas em qualquer organização para nutrir essa cultura colaborativa, que é a origem da criatividade e inovação. Acredito que haverá um excelente diálogo com duas outras palestras do evento, a do Philip Rhodes, sobre Crowdsourcing e a do casal Rodrigo Gonzatto e Karla Cruz (que foram meus alunos), com o título provocativo de Arquitetura da Informação sem Wireframe.
Estou muito satisfeito de poder voltar ao Brasil, após 6 meses de Holanda. Eu vim pra cá com o objetivo de aprender mais sobre esses assuntos, mas quanto mais eu aprendo, vejo que o Brasil está bem avançado na colaboração, pelo menos quando o assunto é festa!
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