Minha palestra sobre Internet das Coisas está no ar, ou melhor, na nuvem. É a primeira vez que me vejo dando uma palestra em vídeo. Falei rápido, me mexi freneticamente de um lado para o outro e nem deixei tempo suficiente para rir das piadinhas. Acho que levei a sério demais a proposta do Luli, tanto é que terminei cravado nos 25 minutos que tinha...
O Intercon 2008 certamente foi o evento mais ousado que já participei. Quando Tiago Baeta e Luli Radfahrer me apresentaram o formato do FF 08 eu confesso que fiquei tanto excitado quanto descrente... O sistema de palestras simultâneas no mesmo palco exigiria novas competências tanto da organização e palestrantes quanto da platéia. A possibilidade de acontecer falhas de comunicação eram muito maiores. Não podia rejeitar o desafio, embora estivesse inseguro se daria certo.
O resultado foi mais um caso para a Lei de Murphy: tudo que está indo bem pode dar errado na última hora. O projeto não reconhia o computador do apresentador, o sistema de áudio desconfigurou, a Internet caiu. As palestras tinham excelente conteúdo, mas tenho certeza que a dispersão gerada por estes prejudicou a experiência. Os vídeos das palestras, entretanto, podem salvar tudo. A TED quintuplicou sua grandiosidade depois que disponibilizou seus vídeos na Web.
A maior lição do evento para mim foi a seguinte: inovar não diz respeito ao futuro e sim ao passado, ao que foi efetivamente feito para mudar o estado das coisas e deu certo. Tentar inovar todo mundo tenta, difícil é ser diferente e melhor. O Intercon 2008 certamente foi diferente, mas não melhor. O sistema deve ser repensado.
Por outro lado, o evento é um retrato fiel do atual estágio da comunidade brasileira de tecnologia: muita criatividade, pouca técnica. Com o pouco que temos, fazemos muito, na base da gambiarra. Será que não é melhor assumirmos isso como diferencial competitivo do que ficar reproduzindo esse (velho) discurso de inovação?
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Você é um comentarista babaca?
Concordo com você Fred, pois a criatividade deve superar a tecnologia. Sempre que precisamos imensamente dela, ela acaba nos deixando na mão. Não a descarto, porém devemos utiliza-la com moderação e acima de tudo com base na experiência e conhecimento do passado somado a criatividade e os recursos do presente. Como dizia aquele velho ditato: "nunca devemos dar os passos maior que nossas pernas"...rs
Olá Fred, então, boa palestra.. me empolgou mais a entrar na próxima turma de design de interação, tenho muito interesse nisso, principalmente pelo fato de interações humanas também, não somente máquina. Bem, de qualquer forma fica uma sugestão, coloca um player nos vídeos, é complicado não saber quanto falta pra acabar, parar, voltar, som, etc..
até mais.
Valeu Diego! O player é fornecido pelo hospedeiro do vídeo, o http://videolog.uol.com.br . Os botões só aparecem quando o mouse passa por cima do vídeo...
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