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O que pode ser Design de Interação?

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O que pode ser Design de Interação?

Design de Interação pode significar várias coisas. Interação e Design são termos amplos, que dão margem à múltiplas interpretações. Aqui se faz a proposta de relacionar esta combinação ao projeto de relações sociais que acontecem por meio da tecnologia. Sendo assim, abrange aspectos tecnológicos tanto quanto societais. Designers de interação são especialistas em comportamento humano, dominam múltiplas plataformas e linguagens. Alguns perfis de profissionais atuantes no mercado brasileiro e seus projetos são comentados para dar um panorama da área.

Veja também o resumo em texto da palestra elaborado pela equipe OndaWeb.

Para começo de conversa, Design de Interação não é restrita somente à web, mas é muito importante para ela. O que essa área trabalha é a relação entre as pessoas e dispositivos interativos, como celulares, sites, aparelhos eletrônicos, games, enfim, qualquer coisa que a pessoa use para se relacionar com produtos e até outras pessoas. Por isso, o Design de Interação é tão importante: é essa área que vai planejar como o usuário deve se comportar com tal dispositivo.

Para isso, Frederick afirma que é importante que o designer de interação tenha alguns pré-requisitos. Primeiro, entender do comportamento humano, saber prever e influenciar relações, afinal, a forma como uma pessoa reage a um dispositivo influi no seu sucesso de uso. Segundo, saber programação, pois enquanto planeja o design interativo, são necessários protótipos para testar se essa interação funciona. E por último, saber trabalhar em várias plataformas, entendendo que a interação não é apenas visual, mas que envolve todos os outros sentidos humanos.

Slides

O que pode ser Design de Interação? from guestb90ef5

Vídeo

Gravação durante o 12 Encontro Locaweb em Curitiba. A gravação foi interrompida no final e o trecho foi perdido, infelizmente.

O que pode ser Design de Interação? [MOV] 27 minutos 119 Mb


Autor

Frederick van Amstel - Quem? / Contato - 09/05/2010

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Citação

VAN AMSTEL, Frederick M.C. O que pode ser Design de Interação?. Blog Usabilidoido, 2010. Acessado em . Disponível em: http://www.usabilidoido.com.br/o_que_pode_ser_design_de_interacao.html

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Comentários

Discussão
Carlos Kramer
11/05/10 às 02:27

Fred,

Muito boa a palestra, muito esclarecedora mesmo! Obrigado por compartilhar esse conhecimento.

Te pergunto apenas o seguinte: num determinado momento você diz que a arquitetura da informação só trabalha com web. Pergunto se um designer editorial, por exemplo, ao estabelecer padrões de informação para capítulos de um livro, ou para seções de um jornal, não estaria também trabalhando com arquitetura da informação. De certa forma, o mesmo vale para designers de interfaces que desenvolvam aplicações para desktop, por exemplo. Por mais que em grande parte desses casos não exista um arquiteto de informação declarado, pergunto se a arquitetura da informação não estaria, de certa forma, implícita em todo projeto que pressupõe a apresentação de informação para o usuário. Enfim, não é uma proposta, é uma pergunta mesmo. :-)

Grande abraço e mais uma vez obrigado.


Discussão
Frederick van Amstel
11/05/10 às 11:25

Olá Carlos! O termo Arquitetura da Informação foi originalmente criado para isso por Wurman, mas ele fez isso apenas para diferenciar do termo Design da Informação que já existia e que ele achava que era muito associado à estética. O termo Design da Informação continuou e ainda hoje é usado para definir o que você está dizendo.

Se você quiser usar o termo Arquitetura da Informação pra falar disso, você pode, mas estará ignorando uma área que possui muita história.

Arquitetura da Informação como usamos hoje vem da definição de Rosenfeld e Morville no livro do Urso Polar e não inclui publicações editoriais. Eles são bem claros: design de sistemas de buscas, sistemas de navegação e de classificações.


Discussão
Carlos Kramer
11/05/10 às 13:01

Muito obrigado, Frederick, pelo histórico e pelas dicas de pesquisa. Só para colocar 'lenha na fogueira' :-) , o design de sistemas de navegação, de classificações e de sistemas de busca também é fundamental para aplicativos não necessariamente web. O Word, por exemplo, tem todo um sistema de menus, de navegação que precisou ser classificado. O que acha? O mesmo, de certa forma, vale para os OS.

Acho imprescindível a precisão terminológica, mas, por outro lado, não poucas áreas do saber chegam ao ponto de extrapolar bastante o significado cunhado por seus fundadores. Se os gregos vissem o que hoje entendemos por Filosofia, ou se Heródoto visse o que entendemos por História, provavelmente tirariam as cuecas pela cabeça :-)

No campo impresso talvez seja um pouco mais complicado mesmo. Mas, por exemplo, um arquiteto de informação que assumisse o projeto de um catálogo de serviços (as páginas amarelas talvez), poderia realmente ajudar numa etapa anterior à da preocupação estética propriamente dita. Falar em 'navegação e busca' num impresso pode parecer bobagem, mas, ao mesmo tempo, pode significar uma inversão interessante de metáforas. Se falamos em 'páginas' para um site, por que não falarmos em 'busca' para um catálogo impresso?

Bem, to só elocubrando, rs. E essa também é uma minúcia absolutamente desnecessária, já que esse nem era o foco da tua palestra.

Mais uma vez obrigado!


Discussão
Mauro Pinheiro
14/05/10 às 18:25

Oi Fred, oi Carlos,

Eu concordo 100% com o Carlos na sua visão do que a arquitetura de informação não deve ser vista como algo relativo a web, somente.

Rosenfeld e Morville tratam disso no âmbito da web por um motivo óbvio: o livro deles é específico sobre esse universo - o próprio título deixa isso claro desde o princípio. Isso mostra apenas a visão limitada DELES quanto ao assunto, e não a limitação do campo e das possilidades de atuação da arquitetura de informação.

O problema é que tomou-se o livro deles como um ponto de partida, o definidor do campo. Eu não vejo muito assim...e mesmo que fosse, mesmo que A.I. tenha sido definida a partir do livro (desconsiderando o Wurman), de lá pra cá muita água já rolou, e não dá mais pra conter A.I. no universo da web somente.

Design editorial tem muito campo para a atuação de arquitetos de informação, como disse o Carlos. Entender o conteúdo do livro, retirar deles as diferentes categorias que ajudam o leitor a navegar naquele "espaço informacional" (identificar hierarquias, definir o que é título, subtítulo, as zonas de salto através de notas de rodapé, olhos no meio do texto) e definir o comportamento da interface. Essa é uma etapa necessária de um bom projeto em design editorial, que antecede a solução visual.

Qual a diferença disso para o projeto de um website? Do ponto de vista da A.I., quase nenhuma. O que muda é a mecânica da interface.

O mesmo vale para outros espaços informacionais. Desenvolvi projetos de sinalização com meus alunos, e utilizei uma metodologia IDÊNTICA a que usava com minha equipe de arquitetos de informação e designers, quando trabalhava no mercado web. Um prédio pode ser um espaço informacional muito semelhante a um website. São espaços nos quais usuários irão navegar, e precisam de alguém pra facilitar essa viagem.

Um dos casos mais brilhantes que conheço de arquitetura de informação é justamente relacionado a um projeto de sinalização de um espaço físico. Trata-se do projeto de sinalização feito pela Maya Design para The Carnegie Library of Pittsburgh. Apresentei ele rapidamente no EBAI 2008. http://www.maya.com/portfolio/carnegie-library

O projeto é brilhante, e é sem dúvida alguma um projeto de arquitetura de informação. Até contempla um website, mas ele é apenas uma parte do projeto.

Fred, você mesmo coloca que Morville e Rosenfeld definem A.I. como design de sistemas de buscas, sistemas de navegação e de classificações. Eles não incluiram design editorial nisso porque não quiseram (ou porque não são familiarizados com o assunto), e não porque seja algo estranho ao campo.

O Carlos dá exemplos bem apropriados de projetos editoriais que abrangem esse tipo de funcionalidade. Só que são projetos que não comportam interfaces digitais. Mas conceitualmente, é a mesma coisa.

No impresso nós já contamos com diversos mecanismos de navegação que são bem conhecidos. Sumário, índice remissivo, notas de rodapé, glossários...não são mecanismos de navegação em um espaço informacional?

O que me parece que ocorre é que os que começaram a trabalhar com A.I. há pouco tempo, vieram já "contaminados" com essa versão do Rosenfeld e Morville. E por outro lado, muitos designers ou arquitetos, que já trabalhavam com isso há anos em espaços diversos, não se apropriaram do mundo web. Então temos dois grupos fazendo a mesma coisa em espaços diferentes, sem entrarem na seara um do outro.

Falo isso com muita familiaridade, porque venho de uma formação em design, anterior ao surgimento dos computadores (como ferramenta e como espaço projetual). E sendo assim, tenho muitos amigos que desenvolvem projetos fora da web e que tem MUITO a ver com A.I. - como por exemplo, pessoas que fazem projetos de exposições, pra sair um pouco do universo editorial.

Eu fiz a ponte entre os dois "mundos" muito facilmente porque vi isso surgindo desde o princípio.

A meu ver, conceitualmente é a mesma coisa. Rosenfeld e Morville não incluiram o projeto de impressos? Falha deles.


Discussão
Frederick van Amstel
14/05/10 às 20:09

Mauro, eu prefiro usar os termos com menor abrangência porque senão não fará diferença alguma entre todas as propostas que estão por aí em voga:

* Arquitetura da Informação
* Design da Informação
* Gestão da Informação
* Design de Interação
* Design da Experiência
* Design de Serviços
* Interação Humano-Computador
* e muitos etc...

O Morville ainda tenta até hoje sustentar essa idéia mais ampla de Arquitetura da Informação, a Big IA, mas não me parece muito convincente.
http://iainstitute.org/pt/translations/grande_arquiteto_pequeno_arquiteto.php

A verdade é que cada vez mais o termo perde força. Prova disso é o volume de buscas descendente do Google Trends para o termo "information architecture"
http://www.google.com/trends?q=%22information+architecture%22&ctab=0&geo=all&date=all&sort=0

Infelizmente o termo "Arquitetura da Informação" foi apropriado por Rosenfeld e Morville para um propósito comercial, para alavancar a consultoria da Argus-Acia na época da bolha da Internet. Pegou, mas como sua definição estava atrelada ao meio, conforme esse meio muda, a definição tem que mudar. O limite é a elasticidade do termo, que eu acho bem restrita no momento.

Como disse ao Karlos, Arquitetura da Informação aplicado a impressos prefiro pensar como Design da Informação, apesar de que Wurman, o criador do termo Arquitetura da Informação, também usava para projetos editoriais. Tufte e outros autores, discutem vários aspectos dentro do termo Design da Informação que simplesmente não cabem dentro de Arquitetura da Informação: sparklines, dashboards, mapas, gráficos, densidade informacional, visualizações, etc.


Discussão
Rodrigo Medeiros
14/05/10 às 20:38

Estes termos para definir profissão sobre me fizeram despender bastante tempo para tentar "encaixar-me" em algo.

Curiosamente publiquei um texto exatamente sobre isso ontem: http://rodrigomedeiros.com.br/designer-de-que/ tentando chegar numa lógica que para mim, faz sentido. Novamente digo, este é meu ponto de vista e é também compartilhado com mais algumas pessoas (como o Robson Santos, que foi quem comentou sobre isso comigo).


Discussão
Érico Fileno
15/05/10 às 15:47

Concordo plenamente com o Mauro e também faço parte dessa leva de pessoas que realizou a ponte, pois estou nessa desde o começo.

E digo ainda mais: essas coisas me parecem mais como reinventar a roda e colocar outro nome para o produto.

Peter Moville e Rosenfeld inventaram a Arquitetura da Informação? E o que o designers editoriais faziam no início do século XX era o que?


Discussão
Cleiton Felipe
05/07/10 às 22:09

Muito boa sua palestra parabéns, gostei muito vai me ajudar bastente pois estou começando na área de internet e desenvolvimento de sites e acho o design de interação muito importante para um bom projeto, já havia lido algumas coisas sobre o assunto mas creio que assistir a sua palestra me abriu mais a mente.

Sucessos e até mais.........






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