Na vanguarda da pedagogia, se prevê uma mudança drástica no papel do aluno na aquisição de conhecimento para os próximos anos. Quem realmente estiver interessado em aprender poderá superar o mero papel de turista, aquele que está condicionado a ver somente o que o guia lhe mostra. Poderá se tornar um aventureiro destemido, esforçado para encontrar tesouros escondidos.
Para isso acontecer, mudar o relacionamento professor-aluno é apenas uma das medidas. É preciso, antes de tudo, que se desfaça o estigma criado pelo modelo da velha escola, onde aprender é uma tarefa chata. Aprender é muito divertido e gratificante, não é por obrigação que escrevo neste blog. Se não fosse prazeroso, não seria tão firme.
A proposta do edutainment é perfeita para esse fim: criar experiências divertidas que tenham fundo educativo. Talvez a forma mais bem succedida de edutainment sejam os games que simulam situações reais e históricas.
Um game é muito especial para mim nesse sentido: Civilization. Descreverei melhor essa relação neste podcast:
O poder da educação interativa [MP3] 7'
Nos Estados Unidos, o póo absoluto da produção de games, pesquisadores fizeram experiências introduzindo o Civilization III nas escolas. Traduzo alguns resultados:
Na medida em que os estudantes sofriam derrotas, eles discobriam a importância da geografia. No final, muitos estudantes estavam usando as experiências de jogo como ferramentas conceituais, explicando como uma escassez natural de petrólep pode desestabilizar a política global. Um estudante comentou que "o que aprendi é que você não pode separar a economia da política ou da geografia. Os recursos naturais que eu tenho ou onde estou posicionado afeta como eu posso negociar com outros povos".
Os textos americanos às vezes subestimam a cultura oriental. CivIII tem uma perspectiva mais global da história. É às vezes difícil para os estudantes entenderem que a história poderia ter se desenrolado de forma diferente. A qualidade do "como seria" do jogo permitiu aos estudantes tirar suas próprias conclusões sobre questões como e porquê a Europa colonizou a América do Norte e não o contrário. Esses estudantes, cuja maioria lia pouco e se batia com estudos sociais, desenvolveram habilidades sofisticadas pensando sobre a história e jogando CivIII. Eles aprenderam a formular suas próprias questões sobre o processo histórico.
Por outro lado, poucos perceberam o enviesamento geográfico, materialista e a minimização das figuras históricas e fatores culturais do CivIII.
Claro, como o jogo é uma simplificação da realidade, terá muitos defeitos. Porém, a história contada pelos professores também tem seus enviesamentos, de acordo com a visão de cada cultura e posição social em que está inserido. Disso não podemos escapar. Cabe ao professor, usar jogos como esses apenas como apoio em aula, ressaltando os pontos altos e baixos do game. O mais interessante é que o game fornece ao aluno um embasamento excelente para discutir sobre os assuntos tratados, algo que dificilmente acontecer numa aula meramente teórica. É como se o conhecimento estivesse assim mais acessível e envolvente.
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Nossa cara! joguei demais esse jogo no super nintendo.
Cheguei a ficar mais de 2 semana com o jogo da locadora, varei noites.
Pensei até em seguir carreia de história na época. Me influiêncio demais.
Muito boa esta matéria Frederick.
Sou da área educacional, mas o seu site tem me chamado atenção há um bom tempo. Ainda mais agora!
[]s
Muito bom, queria ter um jogo desse na minha escola lol
A evolução da humanidade obriga a promoção de avanços nos meios e formas de se praticar a educação, então, nasce aí a importancia da comunicação também no meio educacional de forma rápida e eficiente.
Porém, não pode ser esquecido os critérios dessa prática, o saneamento de conteúdod, e de formas de aplicação, e ainda de uma educação para a prática da educação frente a um capitalismo desumano.
Wanderlanrodrigues@yahoo.com.br
hã?
legal eu to fazendo um trabalho do curso técnico e tem tudo o q eu preciso aki!!
hahaha
PORQUE DEMORAMOS TANTO PARA DESCOBRI O LÓGICO E O ABSULUTO. OU NÓS NÃO QUEREMOS DÁ OUVIDO A PAULO FREIRE
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