O design imperialista representa o futuro de nações subdesenvolvidas como se fosse parecido ou igual ao presente das nações desenvolvidas, como só lhes faltasse importar as tecnologias desenvolvidas para adentrar este futuro domesticado em que tudo funciona. A ilusão gerada pelo design imperialista mascara a relação de desenvolvimento dependente, que tem como efeito colateral desincentivar o surgimento de qualquer design original na nação subdesenvolvida. O design imperialista tenta fazer o design subdesenvolvido seguir a sua mesma linha de projeto, sem nunca conseguir alcançá-lo ou ultrapassá-lo devido à dependência. Para que o Design Prospectivo produza futuros autônomos para seu contexto de subdesenvolvimento, é preciso romper com o design imperialista e libertar a monstruosidade do futuro que não pode ser domesticada. Em outras palavras, isso significa produzir cenários permeados de contradições entre distopias e utopias, que sirvam não só para admiração das possibilidades, mas também para sua efetiva digestão cultural.
Gravação realizada no Ciclo de Seminários de Design Prospectivo da UTFPR, 2021.
Libertando futuros domesticados pelo design imperialista [MP3] 36 minutos
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