No final do Intercon 2006, conversei com o Michel Lent sobre o tema de sua palestra (Na era do We Media quem faz o conteúdo é o consumidor) e as intersecções com a palestra do Pedro Cabral e a palestra do ano passado do Luli Radfahrer (Fetiche de Informação). Enquanto o Pedro ressalta que o teleinterator está controlando cada vez mais o que quer assistir, Luli acha que isso pode estar mimando as pessoas, tornando elas menos abertas a coisas novas. Escute e saiba a opinião do Michel e, se prestar atenção nas perguntas, a minha.
Impacto social da descentralização do controle das mídias [MP3] 11 minutos - 3 mb
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Primeiramente parabéns pela sua palestra Fred, foi uma das melhores do Intercon. Foi um prazer te conhecer pessoalmente e sentar ao teu lado nas 2 palestras posteriores a sua (ao lado do Leandro Ferreira), você é muito gente boa.
O podcast também ficou do caramba, o Michel também é um grande ícone, e tudo que ele diz deve-se ao menos ser pensado (idéias jetsonsnísticas a parte, haha).
Ah, comecei um curso de sapateado pra poder palestrar no próximo Intercon, será que tenho futuro? Hahahaha!
Grande abraço!
Olá! Não frequento o usabilidoido, mas sempre dou uma olhada nos links enviados via email (feedback de graça pra você agora hein!?) e resolvi ouvir esse podcast.
Opiniões:
Concordo plenamente com o Michel Lent quanto à descentralização do fornecimento de informação. Todos os argumentos dele às suas intervenções duras e um pouco pessimistas mostram exatamente o que eu penso também: apesar de estarmos entrando num terreno irregular, desconhecido e até potencialmente perigoso, o simples fato de ter LIBERDADE DE ESCOLHA já justifica a iniciativa de viabilizar essa democratização do fornecimento e recepção da informação.
Durante a conversa, quando você insiste na questão do fim das comunidades criadas pelas fontes de informação de larga abrangência (que também são monopolizantes e homogeneizantes) reafirmo o que o Michel disse com argumentos adquiridos durante o curso de Antropologia da minha faculdade (comunicação social): o indivíduo atual, dito pós-moderno, vive de múltiplas realidades e múltiplas participações sociais. A interação de todas essas realidades (de trabalhador, de filho, de sócio do clube x, de cliente do bar da esquina, de participante da comunidade do orkut sobre astronomia, de estudante de nutrição) o formará de forma quase única e a extensão das opções de fontes de informação permite que esse indíviduo único encontre, por exemplo, num blog israelita, o conteúdo interdisciplinar que ele tanto esperava. Com a ferramenta internet, duas pessoas da geração que tem em mãos meios de comunicação muito potentes, que numa outra realidade não saberiam nem da existência um do outro, podem então trocar experiências, discutir, propor mudanças, criar um movimento, distribuir suas idéias em âmbito mundial e quem sabe um dia realizar essas mudanças positivamente.
Utópico demais? Pode ser. Mas as ferramentas estão aqui DISPONÍVEIS e GRATUITAS e o que nos falta apenas é aprender a lidar com elas para gerar ações positivas.
Aprender a lidar: a frase que eu escolhi como a melhor do podcast que acabei de ouvir.
Desculpe se fui longo demais... e desculpe de falei muita besteira... estou começando e gostaria muito de ouvir a sua opinião sobre o que eu disse!
Não que eu seja pessimista, mas prefiro pousar uma visão crítica sobre os fenômenos que se apresentam diante de mim.
Liberdade é sempre relativa. Mesmo o pensamento está condicionado até onde ele pode chegar.
Quando alguém evoca o argumento de liberdade de escolha, se esquece que a própria liberdade cria condicionamentos, como por exemplo, no dilema "expor como você é" X "privacidade", citado na entrevista.
Claro que a gente tem que aprender a lidar com os novos modos de relacionamento social, mas é fundamental essa visão crítica.
Parabens pela sua palestra Fred, realmente foi uma das melhores. Achei o conteudo muito bem colocado.
COm relação a matéria, acho que de fato estamos repetindo história com outras ferramentas.
É parte da mente humana procurar interagir com o que lhe é mostrado. Afinal, antigamente um pedaço de madeira era um brinquedo, e a gente interagia com ele. E faziamos acreditar que ele era vivo. Portanto, esse conceito de que interação mima, é errado. Interação é parte da cultura humana.
Acontece que agora estamos parando de fingir que objetos são gente, e estamos começando a interagir com outras pessoas atravéz de objetos. Mas de qualquer forma, quem te ilude com conteúdo é a máquina.. o carrinho de madeira desenhado por outra pessoa.
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