Na primeira reunião que participei do grupo de pesquisa Design, Arte e Cultura lá do Mestrado, o assunto discutido foi diferenças culturais manifestadas na interface.
Um antropólogo chamado Geert Hofstede fez uma pesquisa com funcionários da IBM em vários países na década de 70, indentificando 6 categorias que definem as principais características de uma cultura nacional:
Usando essas categorias numa abordagem quantitativa, Hofstede criou rankings para comparação entre os países.
Abordar o conceito de cultura dessa forma é generalização demais para meu gosto e para outros pesquisadores também, mas é um referencial interessante para considerar diferenças culturais na localização ou globalização de produtos interativos.
Uma abordagem melhor para entender o contexto cultural em que será usado o produto é adotar uma postura holística (considerar diferentes ângulos de visão), não-sectária (evitar aplicar seus valores para julgar uma cultura com outros valores) e interpretativa (procurar entender fenômenos dentro de um contexto histórico).
Como não é possível fazer pesquisas de tamanha amplitude, a contribuição de Hofstede é valiosa, mas também deve ser alvo de questionamentos. A habilidade para lidar com a complexidade humana é o diferencial do designer perante outros profissionais de Tecnologia da Informação.
Aaron Marcus demonstrou que o resultados da pesquisa de Hofstede coincide com sua análise do design de websites institucionais. A ênfase no individualismo fica clara nas opções de navegação do parque Glacier Bay nos Estados Unidos, a cultura mais individualista do mundo. Entretanto, Marcus parte do pressuposto que o design do website foi feito de acordo com as características culturais do público a que se destina, mas isso nem sempre é verdade, especialmente em websites institucionais.
O website da Merck, indústria química e farmacêutica, usa a mesma casca em todas suas filiais ao redor do mundo. Só isso já é um desrespeito com as culturas que lêem da direita para à esquerda, mas se o conteúdo for adaptado de acordo com a cultura, não é tão ruim. Não tenho condições de avaliar se o conteúdo dos outros países estão adaptados ou não, mas o fato do website brasileiro exibir uma imagem de um casal asiático na home e o website chinês exibir um casal de ocidentais é, no mínimo, estranho.
Por esse motivo, se meu objetivo é criar interfaces adaptadas para determinadas culturas, prefiro estudar as diferenças culturais no uso e não na criação dos artefatos como fez o Aaron Marcus. Como o uso é mais espontâneo do que a criação, ele tende a refletir melhor as características culturais dos usuários.
Wikipedia é uma enciclopédia onde qualquer um pode adicionar e editar conteúdo. A credibilidade é garantida pela quantidade imbatível de autores que se auto-regulam. Se escrevo algo errado, logo alguém aparece e conserta o erro.
A página global da Wikipedia procura passar os valores de liberdade, fraternidade e igualdade através de um layout coeso, símbolos de diferentes linguagens e alinhamento em círculo.
O layout procura parecer neutro, refletindo os valores da subcultura de usuários da World Wide Web, porém, se situarmos historicamente o projeto Wikipedia podemos notar que é um dos melhores exemplos da aplicação dos ideais da Revolução Francesa. Apesar de terem sido iconizados na França, esses ideais foram oficializados pela primeira vez na Constituição dos Estados Unidos. Se a Wikipedia nasceu nos Estados Unidos, não é estranho que reproduza os valores da cultura deste país, ainda mais porque ela é hegemônica na cultura ocidental.
Entretanto, graças à liberdade funcional que o sistema oferece, podemos notar diferenças na forma como cada cultura utiliza o sistema. A página principal de cada idioma, por exemplo, é bem diferente.
A versão em Espanhol enfatiza a navegação por categorias, mas antes de mostrar o esquema criado pelos usuários, mostra os esquema de classificação usado por bibliotecas há séculos.
Além disso, a seção de notícias da página é dominada por temas políticos. A foto que ilustra a notícia sobre uma manifestação contra o governo mostra policiais posando de heróis da história, comemorando a detenção de mais de 40 manifestantes.
Essas evidências de alta distância do poder são corroboradas pela pesquisa de Hofstede, que atribui alta pontuação tanto para a Espanha quanto para a Argentina e México, países que eu suponho que mais contribuam com a Wikipedia em Espanhol.
A predominância das categorias na versão em Francês também indicam alta distância do poder, mas a maior quantidade de opções, o alinhamento centralizado e as áreas brancas dão mais liberdade ao usuário para escolher seu caminho.
Compare também a diferença na ordem das categorias com a versão em Espanhol. Enquanto na versão em Francês, Artes e Hobbies (Vie quotidienne & loisirs) são as primeiras categorias, na versão em Espanhol, esses dois tópicos estão reunidos numa mesma categoria intitulada Cultura, que é a última da listagem.
Não é à toa que a França, ao contrário da Espanha, é considerada na análise de Hofstede como uma nação com alto nível de individualismo: a versão em Francês se dá ao luxo de destacar um software de uso pessoal na página principal ao invés de um assunto mais relevante para a coletividade:
As seções da página inicial da versão em Francês estão muito bem discriminadas para evitar ambiguidades e não há links que direcionam o usuário para escrever um artigo sobre a palavra hiperlinkada (link em vermelho), como faz extensivamente a versão do Chinês Simplificado:
Na versão em Francês as caixas em destaque são aquelas que expôem tópicos de ajuda, enquanto que na versão em Chinês, a ajuda se resume três links discretos no topo direito, como podemos ver na versão traduzida automaticamente pelo Google:
Apesar do governo Chinês bloquear frequentemente o acesso à Wikipedia, a cultura chinesa é originalmente eclética e favorável à diversidade, ou seja, possui um índice de "evitamento de incertezas" próximo à países como Suécia, Estados Unidos e Inglaterra. De fato, o conteúdo da página inicial da versão em Chinês é parecido com o conteúdo das páginas da versão em Inglês e Sueco. Ambos exibem artigos em destaque, acontecimentos históricos atuais, acontecimentos históricos do passado e curiosidades.
Mas se a cultura chinesa é eclética, como pode aceitar um governo tão repressor? Os chineses aceitam que esse tipo de medida é desagradável para alguns indivíduos, mas é benéfica para a maioria, pois o governo tem uma visão de coletividade e longo prazo, o que é muito importante para o povo chinês, segundo a pesquisa de Hofstede.
Enquanto a versão em Chinês destaca fatos históricos de repercurssão coletiva, como a conclusão das Olimpíadas de Inverno, a versão em Inglês destaca fatos na vida de pessoas históricas, como o caso do atleta Cindy Klassen que ganhou 5 medalhas na ocasião. Essa é uma diferença mais ligada ao índice de individualismo, mas também está correlacionada com a orientação a longo prazo.
A foto da semana na versão em Chinês mostra como era a estrada de ferro Canton-Kowloon há 100 anos atrás.
Comparando com uma foto atual da mesma estrada de ferro podemos ler as entrelinhas sobre o magnífico desenvolvimento da infra-estrutura ocorrido desde aquela época.
Segundo Hofstede, a China é a nação com o mais alto índice de orientação à longo prazo enquanto Estados Unidos e Inglaterra estão entre os últimos.
Acho inadequado essa categoria para avaliar diferentes culturas, pois as características que são consideradas essencialmente masculinas variam de acordo com a cultura. Apesar de Hofstede deixar claro que está se referindo às características comportamentais tradicionais (que teriam raízes biológicas e, portanto, invariáveis de acordo com a cultura), ainda assim preferiria se ele tivesse usado um outro nome para essa categoria de acordo com os padrões comportamentais que ele identificou.
De qualquer forma, podemos notar uma grande diferença entre a Wikipedia em Inglês e a Wikipedia em Holandês, principalmente no quesito estética.
Enquanto a versão em Holandês utiliza contraste suave, linhas finas, alinhamento cuidadoso e imagens com função decorativa, a versão em Inglês utiliza contraste de fundo entre cores complementares (vermelho e azul), divisão assimétrica de colunas, e imagens estritamente ligadas ao conteúdo.
De todas as Wikipedias que eu consegui ler, em Holandês foi a única em que vi uma definição da Wikipedia radicamente diferente. Compare:
Bem vindo à Wikipedia, a enciclopédia que qualquer um pode editar.
Wikipedia em InglêsBem vindo à Wikipedia, um projeto comunitário com o propósito de criar em cada língua uma enciclopédia neutra e livre na web. A Wikipedia é de graça e pode ser usada para buscar, criar novas páginas e editar páginas existentes. Por esse motivo, a Wikipedia não pode garantir a veracidade das informações.
Wikipedia em Holandês
Ao invés dos princípios estadunidenses de liberdade, igualdade e fraternidade, essa definição enfatiza a fraternidade, veracidade e liberdade.
Talvez essas diferenças estejam ligadas à diferença do índice de masculinidade, alto nos EUA e na Inglaterra e baixo na Holanda, mas não posso afirmar com certeza.
As categorias do Hofstede me foram muito úteis para a análise de uso da interface, levando em conta que não possuo conhecimento profundo sobre as características culturais das nações citadas. Entretanto, não posso me basear somente nelas quando for criar versões de websites em uma dessas línguas. Vou precisar realmente mergulhar na cultura correspondente se quiser fazer um trabalho bem feito.
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Muito bom!
Estava pensando sobre isto quando vi que o Google em outros idiomas adapta o site para a leitura da direita para a esquerda para se adequar a outras culturas.
minha nossa, realmente ótimo artigo Fred. Está ficando profundo o conteúdo do blog...
Excelente post.
E faz pensar sobre os chineses, principalmente na questão das coletividade a favor de benefícios a longo prazo.
Essa característica não se encaixa às religiões daquele lado do globo também? Ou é impressão minha?
Realmente, é um post muito interessante. Só é preciso lembrar que idioma e cultura não são sinônimos. A página em espanhol da Wikipedia não necessariamente precisaria privilegiar os hábitos da cultura da Espanha. Dezenas de outros países falam o espanhol.
É como aquela história de usar bandeirinhas para um website com diversos idiomas. Para a "English Version" o correto é botar a bandeira dos Estados Unidos? Porque se a Inglaterra é a pátria-mãe do inglês?
Quando temos que criar versões de websites em uma determinada língua, devemos saber se o público-alvo majoritário é realmente somente um país específico. Vários países que falam espanhol podem ter características culturais completamente diferente. Se você mergulha profundamente somente na cultura da Espanha, pode acabar deixando a navegação ruim para usuários que falam espanhol mas moram em países com culturas diferentes.
Olha a leitura desatenta aí Walmar!
Durante todo o texto tomei o cuidado de não falar em "versão espanhola" ou "versão do país tal". Além disso quando falo da versão em Espanhol, cito que ela é construída pela cultura da Espanha, Argentina e México, embora a maioria das notícias da home se refiram a acontecimentos na Espanha.
Entretanto, não seria de todo errado dizer que essa versão é construída pela cultura espanhola, pois os países que falam espanhol o falam porque foram colônias da Espanha e, consequentemente, possuem os valores da cultura espanhola no seu sangue.
Se você comparar os índices do Hofstede vai verificar isso:
O idioma é a expressão máxima de uma cultura. Se utilizamos o conceito de cultura de forma multidimensional (uma cultura podendo incluir várias subculturas), podemos falar em cultura anglo-saxônica para definir as características culturais semelhantes dos países que falam inglês (e são muitas).
Correlacionar idioma é cultura não é errado. Errado é correlacionar idioma e cultura com país, como você bem observou.
Opa, mas eu não disse que você falou isso :) Mesmo assim, eu discordo um pouco de correlacionar idioma com cultura. Por exemplo, no meu ponto de vista, o Brasil carrega muito mais traços da cultura africana do que da portuguesa, pelo menos aqui no Nordeste. No entanto, nós falamos português. Mas não é nada científico, somente uma opinião pessoal.
O portugês que falamos no Brasil é diferente do português que se fala em Portugal, muito em função da influência das línguas africanas. O português que se fala no Nordeste é diferente do português que se fala no Sul. O português que se fala na capital é diferente do português que se fala no interior...
Cada uma dessas instâncias abriga diferentes culturas que se sobrepõem. Podemos falar em cultura sulista e cultura nordestina, cultura brasileira e cultura portuguesa e cultura ocidental. Cada uma dessas culturas tem uma língua associada.
Na verdade, não consigo imaginar uma cultura sem uma língua particular.
Muito bom o artigo, Fred. Ainda não pude explorar os links listados, mas em breve o farei.
Notei 2 errinhos de digitação no trecho:
"*imabatível* de autores que se auto-regulam. Se escrevo algo errado, logo alguém aparece e *concerta* o erro."
Seriam: Imbatível e conserta. :)
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Sobre o comentário do Erick Souza, indico uma visita ao site da Aljazeera:
http://www.aljazeera.net/NR/exeres/8FD54E7F-56C5-49A0-B60A-89A67426F3B3.htm
É bem interessante ver como as informações são apresentadas. Compare também com a versão em inglês:
http://english.aljazeera.net/HomePage
Valeu pela dica Sergio, juro que não foram propositais os erros. Não tinha a mínima intenção de testar meus leitores.
Tranquilo Fred! Não foi isso que pensei mesmo não. Esses erros de digitação acontecem mesmo.
Aliás, não seria uma 'teste' de atenção, por parte dos leitores, muito eficaz né.
hehe
Abraço.
Fred,
cada vez que um artigo teu bate a porta do meu agregador de feeds, eu levanto da cadeira, preparo um chocolate quente, umas bolachas e volto a tela do PC para ler. Não quero ser baba-ovo, mas admito publicamente que admiro teus artigos.
Além de escolher assuntos muito relevantes, você tem um trabalhão pesquisando, montando e escrevendo tudo de forma suave.
Agora, ao que interessa.
De fato, fora do Brasil, eu não daria tapinha nas costas de ninguém com medo de que isso possa representar uma falsa intimidade ou até um gesto agressivo. Afinal de contas, eu estou na defensiva e preciso me ambientar para saber se determinados gestos são aceitáveis.
Contudo, quando um estrangeiro entra no meu site, quem está aonde? Foi o visitante que entrou no meu site ou foi meu site que entrou na casa dele?
Se o projeto não agrada um indivíduo, isso será mesmo uma questão cultural ou restringe-se apenas a uma percepção exclusiva?
Estudar a cultura de uma nação e propor um projeto para a web nunca esteve dentro das minhas prioridades pois nunca tive que criar nada pensando nisso, exclusivamente. E se tivesse, não faria muito diferente do que já faço hoje. No máximo, iria fazer uma análise pós-implementação (com enquetes, talvez) para saber se existe mesmo algo que incomoda o visitante ou algo que simplesmente poderia agradar mais.
Não quero negar o estudo, mas, as diferenças entre as páginas da Wikipédia de acordo com os idiomas não pode ser mero fruto da experiência do grupo que realizou a página? Ou acreditamos mesmo que qualquer diagramador em solo Holandês concluiria aquela página inicial *da mesma forma* que hoje está por conta das características culturais?!
É algo a analisar.
O ideal é adaptar o website para as diferenças culturais, mas nem sempre os projetos permitem arcar com os gastos extras.
A resposta para essa relativização de quem está entrando no território de quem está na expectativa do usuário e nos objetivos da organização. Se o usuário espera que o website esteja adaptado para a sua cultura ou se a organização deseja parecer enturmada com sua cultura, então a adaptação deve ser feita.
No caso da Wikipedia, a adaptação surgiu espontaneamente dos usuários. A ferramenta é a mesma para todas as versões, mas cada cultura preferiu montar sua página inicial de forma diferente. Embora a página inicial seja editável apenas para usuários administradores, existe uma página de discussão anexa em que qualquer um pode dar sua opinião e, se os administradores não derem ouvidos, eles podem ter que deixar o cargo, já que a Wikipedia é um espaço anárquico por excelência.
Como houve correspondência entre as características identificadas pelo Hofstede e as características de uso da página, para mim não há dúvidas de que elas estão adaptadas para suas respectivas culturas.
Otima observação! E sem sombra de duvidas tais fatores culturais presentes de forma diferente em cada nação influenciam na forma da propagação da informação.
Ainda estou tentando entender o troca-troca das imagens no site da Merk. (hehehe)
Gostei muito do estudo, foi esclarecedor.
Não sei se foi feito um estudo cultural e comportamental baseado neste do Hofstede, mas se você entrar no site www.terra.com, www.terra.com.ar, www.terra.com.mx, por exemplo, cada "versão" possui sua particularidade. O visual é mantido, contudo muda o agrupamento de informações e a disposição deles. O próprio menu principal (menu de icones no topo da página) perde ou ganha links conforme o país.
Abraço
"Esses erros de digitação acontecem mesmo".
Pois é, acho que você deveria prestar mais atenção nisso, é um detalhe, mas você pode perder um pouco de credibilidade com esses erros bobos. O Word resolve isso com muita precisão, não tem desculpa. :p
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Talvez fosse interessante descobrir a orientação política de Hofstede. "a China é a nação com o mais alto índice de orientação à longo prazo enquanto Estados Unidos e Inglaterra estão entre os últimos". Temos aí um contraste claro entre comunismo e capitalismo. Se, por exemplo, descobrissemos que Hofstede é membro do partido Comunista Alemão (chutei, não sei a origem do sujeito), será que poderíamos dar credibilidade à sua pesquisa?
Concorrendo ao prêmio de pior tradução do século está a do 43things para o português.
vejam vocês mesmos:
br.43things.com
È bom saber ++ sobre essas culturas pois compreendemos mais...
adreii
bom saber o que acontecnessas culturas..
pois nos ensina muito!!
Além do artigo propriamente dito, podemos analisar outro aspecto cultural: o das pessoas que o leram e deixaram comentários.
Com certeza a Wikipedia servirá de exemplo para a internacionalização do mercado eletrônico. Eu noto sobremaneira a diferença existente entre os sites americanos e brasileiros de um mesmo ramo de atuação. Por exemplo, na área de apoio acadêmico e orientação em monografia, nos Estados Unidos os sites são mais visuais, pessoais e informais, muito imediatos, se comparados aos do Brasil, onde a formalidade, as cores pastéis, os textos mais técnicos atraem mais pessoas.
Da mesma forma, os jornais online brasileiros são muito mais próximos dos europeus que dos americanos, o que é no mínimo engraçado se o Brasil é o país mais afinado culturalmente com os EUA da América do Sul
Luiz Gustavo
Piracicaba
http://www.monografiaad.com.br
Artigo interessante, como ponto de partida para análise mais profunda.
Devo colocar em evidência alguns pontos que me causaram dúvidas. Em primeiro lugar, não consegui entender como a predominância de categorias na página principal (wikipédia francófona) indica distanciamento ao poder. Em segundo, a questão da estética e da frase nas wikipédias em holandês e inglês: também sem perceber como se associa estes factores com o índice de masculinidade.
Em relação aos links a vermelho nas páginas principais, eles derivam muito do tamanho das wikipédias. Wikipédias de maior tamanho terão com certeza mais probabilidade de terem os artigos com links na página principal, azulados.
De salientar que as páginas principais das Wikipédias podem variar significativamente com o tempo. Na estrutura e elementos-base e mesmo no conteúdo. Uma análise feita hoje poderia ter conclusões ligeiramente diferentes. Dou só um exemplo: as notícias na Wikipédia em espanhol. Verifica-se que focam 2 eleições, o que seguindo a lógica da análise, parece revelar uma proximidade ao poder.
Comentei. Bons artigos.
Excelente comentário. Estou fazendo um trabalho de Comunicação, e o meu tema é Wikipédia. O objetivo do trabalho é mostrar que a internet criou uma rede de grupos conectados por um fluxo estruturado de comunicação.
Mas a sua analise sobre o Wikipédia me despertou algo que eu nunca perceberia.
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