Design é um desses termos que vem alargando seu significado progressivamente nas últimas décadas. Hoje, estratégia de negócios é design, organização de informações é design, decorar ambientes é design, cortar cabelo é design... tudo virou design!
Ao invés de tentar conter o alargamento e censurar a utilização do termo “design” para qualquer coisa que não seja um projeto profissional, acho mais interessante tentar entender porque outras pessoas estão se apropriando do termo e o que elas querem dizer com ele.
O termo “design” pode ser usado em, pelo menos, três sentidos: um processo específico de projeto, o resultado do processo e um conhecimento sobre o processo.
No mercado de produtos industrializados, design é utilizado como um atributo. O produto que tem design é um produto diferenciado, de qualidade, especial. A qualidade enfatizada se restringe ao nível formal do produto: ou é um design moderno - denotando uma referência estética específica, ou é um design ergonômico – denotando uma forma que proporciona melhor conforto ao corpo humano. Especificações técnicas e praticidade de uso são colocados como equivalentes ao termo design, ou seja, o processo de design é desconhecido.
Nos serviços, a noção é um pouco mais abrangente. O resultado não é por acaso; ele é fruto de um processo específico que o anteviu e procurou controlar. Por isso, são considerados aspectos que interferem no resultado, mas que estão além dos atributos do produto, como as culturas, as normas sociais, as referências estéticas, as linguagens e etc. A partir do conhecimento sobre a situação, são criadas propostas para a mudança da situação no sentido almejado. Design é visto, portanto, como meio para atingir um fim.
Porém, existe algo além da abordagem instrumental para o design. Design também é uma forma particular de ver o mundo. A sociedade em que vivemos só é possível pela mediação que os artefatos proporcionam entre as pessoas. O ambiente é projetado, os objetos são projetados, as idéias são projetadas, a vida é projetada, tudo é projetado. Visto assim, podemos tratar tudo como projeto e aplicar as competências do design para recriar o mundo. Segundo Victor Lombardi, são características do design: 1) a colaboração com múltiplos interessados no projeto; 2) a criação de novas possibilidades através do método abdutivo (tentativa e erro); 3) a experimentação crítica com protótipos; 4) a atenção para a particularidade; 5) a percepção dos sistemas sócio-técnicos; 6) a interpretação da situação através de um ponto de vista pró-ativo. Sendo assim, design não é só processo, mas também estratégia, política e metodologia.
Se as pessoas dizem que design é tudo isso, porque dizer que design é menos do que isso? Porque restringir a um tipo específico de design, se podemos perceber similitudes entre tais diferentes interpretações do termo? Talvez o termo “design” esteja se alargando porque o próprio Design como área do conhecimento humano esteja também se alargando. A presença do design na sociedade está sendo cada vez mais percebida e repensada por outras áreas; design está sendo visto como uma das poucas áreas capazes de lidar com a complexidade da vida moderna; a unidade na diversidade de fundamentos que alicerçam o design tornam-o plenamente inclusivo e ao mesmo tempo coerente. Precisamos, portanto, de uma definição elástica de design; tão abrangente e, ao mesmo tempo, específica como a definição do concreto em Karl Marx. Design é - ou pode ser - a síntese das múltiplas definições de design.
Artigo a ser publicado na Revista Design do website da Tramontina Design Collection.Siga-me no Twitter, Facebook, LinkedIn ou Instagram.
E é aí que esta o ponto chave, se considerarmos design apenas como um conceito de nivel a ser considerado projetual, acabamos por fazer com que use mais ainda esse termo em outros lugares.
Porêm, um cabeleleiro que se diz hair designer não projeta cabelos, porêm tratando-se de uma modelo, ele até pode cortar com o propósito de combinar com o traje, de forma com que cause uma ergonomia em um determina público alvo, o que nos leva cair em contradição, pois há ou não há haird design?
Então usando design como estratégia cooperativa, e não como uma vantagem circunstancial global podemos dar um tom maior para o termo, fazendo com que el não cause um empacto estético, e sim funcional, porêm na maioria dos casos a estética faz parte da funcionalidade, se o produto é projetado para vender, a funcionalidade seria vender, logo o designer deve produzir para vender, e se uma boa estética é o que vende, que seja assim.
É o mesmo caso do design centrado no usuário, coisa que eu nunca concordei, eu acho que o úlnico design centrado é na rentabilidade, uma vez que quase sempre a rentabilidade se dá pela experiência do usuário, então fica quase tudo na mesma.
Deixo meu apelo, para não considerarem mais design como projetar, ou projeto, e sim um "projetar", ou "projeto" que considera todos os requisitos e centrado em uma estratégia coorporativa de modo que ao menos pincele a rentabilidade, ou alguma empresa deseja prjuizos em tal mundo capitalista que vivemos?
Enfim, desculpe ter scrito muito, e prab~ens pra mim que voufazer 16 anos agora dia 18! ^^
É o André "paladino elfo"?
Mano, o lance q embaça é que não rola vir uma definição externa, se todo mundo começar a te achar gay vc vira gay por isso? NÃO! Por isso q são os designers q devem definir o que nossa área cobre ou não, e daí comunicar isso as pessoas.
Se não daqui uns dias oculista vai ter que cuidade de outra parte do corpo só pq o povo acha isso. E só por causa do nome que orna.
Procede?
Parabens guri
Fernando sou o paladino mesmo.
Concordo com o lance de que os sentidos não se dão pelo fato da consideração, até porque ninguém é especulador o bastante a nível de se sentir "dono" do significado.
Porêm me fale quem define o significa do dicionário? O autor, e ele se basea no que? No sentido usual, e por mais que o aurério seja referencia, ele é um lixo.
Então cara, se o povo acha que hair design é arte de corta cabelo a definição fica nessa. Esse "achismo" que atrapalha, imagine se na próxima edição o aurélio coloque que é, assim pra onde vai a lingua portuguesa? Entramos em outro problema, e é o mesmo caso de "logomarca" "tipográfia" e ai vai.
Um exemplo:
"Tipográfia" seria a arte da impressão de tipos, isso na horigem da palavra considerando prefixos, mais começamos a usar e confundir com tipologia. E veja a nova edição do aurélio, do positivo, tipográfia já é considerada arte de criar tipos e caracteres.
Sem contar que é uma falta de patriotismo usar uma palavra em inglês, porê é impossível criar uma portugues com tal significado.
O que define a lingua somos nos, e nos temos que defender o portugues dos "achismo", agora como? Boa pergunta.
Bom já que o André que tem 16 anos falou como alguém de 30, eu de 30 vou falar como alguém de 16 ;)
Acho que existe sim design centrado no usuário. O projeto é centralizado em rentabilidade.
O que está acontecendo é que a palavra "design" está na moda, assim como "gestão" esteve nos últimos 3 ou 4 anos.
Eu me lembro que em 98 2000 num sei, tinha uma birrinha de alguns designers por que fazer logo era trabalho de designer e não de publicitário. A profissão nem existia, apesar de existir o curso superior.
O que acontece hoje com a internet abrangente da forma que está, os termos que usam a palavra design tomaram proporções maiores.
Não é pq é bacana ser designer e sim pq a palavra é bonita e "chic", barbeiro é hair designer, decorador é designer de ambientes e por ae vai.
Eu realmente não me importo em nada com isso, aliás acho até bacana, pq antes você falava que era designer, tinha uma imagem pre estabelecida, cabelo verde, mil brincos, calça caindo, roupa colorida...
Mas esqueciam do designer de produto. Esse ser colorido e fruto de agências. Já que o fred tem falado de Karl Marx, aqui podemos encaixar a teoria dele de que o ambiente faz o indivíduo.
Me lembro quando o Fred escreveu um artigo com um desenho, no qual o designer ficava no centro do projeto, e interagia com todas as fases. Mostrei isso na agência na qual eu trabalhava e nego ficou rindo:" Ahh o designer é o centro de tudo então?".
Hoje eu tenho certeza que não tem mais como produzir nada de forma linear (produção industrial pode) hoje você precisa usar a imagem que o fred fez, vo achar e colar o link perae :). Aqui ó http://www.usabilidoido.com.br/o_dominio_do_design_de_interacao.html
O processo de: Layout, montagem, sistema, cliente, há muito tempo não funciona mais.
Agora respondendo a pergunta do tópico:
Acho que usar a palavra design pra diferenciar algo que é bonito ou mais funcional, num serve muito não. Por exemplo, aqui no meu trabalho uso um note da IBM, horroroso, não tem touch pad e sim uma bolinha no meio do teclado. Ele foi projetado por um design, ele tem design, ruim mas tem. Mas eu que estou julgando, o cara de TI adora esse note, eu detesto.
Pra ele tem design e pra mim não?
Design é projeto, mas não acho que sirva pra dizer Design de estratégia.
To com o falador solto hoje
Me desculpem :)
Putz grila...
Você sempre dá um jeito de enfiar alguma coisa esquerdopata no seu texto, né?!
Essa citação de Marx foi completamente forçada, desnecessária e alegórica no texto.
Vamos lá, próximo texto, você vai citar quem?
Pol Pot? Stalin? Mao? Fidel? Ho Chi Mihn?!
Perdoai Senhor... São jornalistas, não sabem o que dizem.
Sobre essa questão do designer ser o centro de tudo também já tinha percebido que estava anacrônica e repensei meus fundamentos. Nesse post tem um novo gráfico em que o designer é substituído pelas pessoas, já que não é preciso ser designer para fazer design (isso na minha visão):
http://usabilidoido.com.br/reconceitualizando_a_interacao.html
Sobre as definições do Aurélio, quem cria, define e dá sentido às palavras é o povo. O Aurélio apenas descreve o que os falantes estão usando num determinado momento histórico.
Como disse no artigo: mais interessante do que discutir se hair design é design mesmo, é tentar entender porque as pessoas estão usando esse termo.
Luiz. Como você pode ser tão contra Marx se nem leu o que ele tem a dizer? Só o preconceito explica isso...
Se você tivesse clicado no link que eu adicionei, veria que o Marx define o concetro como a "síntese das múltiplas determinações". Se ler sem preconceito, poderá perceber que eu adoto seu método (o materialista dialético) para escrever cada um de meus textos.
Só uma correção, eu tenho 15, ainda vou fazer 16.
E quero apenas reforçar meu pensamento sobre design centrado, mesmo que não tenha relação com o tópico.
Todo design tem uma coisa em comum, objetivo, e se ele alcança esse objetivo ele é funcional.
Inserido em um cenário capitalista, o objetivo quase sempre tem haver com o dinheiro, logo ele só é funcional se for rentavel.
Então design TEM que ser rentavel, não só no sentido econômico, usando o exemplo do designer que fez a campanha contra AIDS, o governo quer ajudar a prever a AIDS e não ganhar dinheiro, porêm se analisarmos a raís ele ganhou dinheiro para isso, impostos e mais impostos...
Esqueci da segunda parte:
Os designers não gostamos que usem o termo em outras circunstância para não desvalorizar o verdadeiro sentido, pois se considerar um profissional que só cuida do visual, considera-se também que ele não vale muito, por mais importante que seja o visual e ta mais que inplicito que não cuidamos só do visual, projetamos!
PS: eu não errei na primeira linha, análise a sintatica e vai ver que estou correto.
Concordo Fred, citei apenas pra dar exemplo do que falei de que não pode mais ser linear um projeto.
O capital realmente está por toda parte e direciona a história, entretanto, não podemos aceitar que ele seja o único motivador da ação humana. Quando não existia capital como concebemos hoje (líquido), as pessoas ainda assim agiam de acordo com seus desejos.
Para algumas pessoas talvez o capital seja fim, mas para a maioria ainda é um meio para se alcançar um outro benefício.
Fred eu não consigo imaginar um modelo de mundo sem capital, pois o ser humano sempre foi ambicioso, tanto é se não existisse essa vontade pelo capital o socialismo poderia até dado certo.
Estude as sociedades tribais e verá como o capital é um produto dos nosso tempo apenas.
Não sei se todos os homens são assim tão ambiciosos. Mesmo com a existência do capital, os indianos, por exemplo, são felizes mesmo sendo pobres.
Ah e o escambo está voltando, hein? http://www.xcambo.com.br
Mais os índianos, mesmo que pobres e felizes tem uma vontade pelo dinheiro. Eles são pobres evivem felizes, porêm queria ser ricos, mais contentam-se com tão pouco e são felizes.
Uma filosofia humana é complexa e muito interessante, e o ser humano não é ambicioso só pelo capital, mais por tudo, sempre querendo coisas melhores, uma mulher mais bonita, uma vida melhor e tals, até na internet, se tem o orkut que é melhor que o facebook porquê vou usar o face0book? e se sair um novo melhor porque usaria o orkut? (é claro que esse exemplo é superfícial e não funciona assim porque as pessoas tendem a ficar onde todo mundo esta, o ichel da 10 minutos comentou em um podcast que site de relacionamentoé que nem bar mais isso não vem ao caso).
O xcambo é um simples site que pode até fazer sucésso por ser uma idéia criativa e algo inovador, é incrível como somos atraidos pelo novo. Acredito que até de certo porque é a unica coisa que eu vi até hoje na internet que você ganha algo sem gastar dinheiro, tudo envolve dinheiro, desde colocar uma públicidade em um site até comprar um expremedor de laranja manual do mercado livre.
Abraços
Só para complementar, tenho uma lista de cosia para estudar, não tenho tempo de ler sobre tribos. Mais queria faze uma pergunta para você Fred.
O príncipio da motivação é uma visão do futuro, logo para sempre estarmos motivados a viver temos que ter objetivos, e se a nossa felizidade depende desses objetivos não há como saciar ela, ou não temos motivação.
Os animais se comportam sem pensar no futuro, pois seguem o instinto, logo se estão com fome, o isntinto fará eles comerem, e esse "comer" é tão pensando na necessidade que as vezes arriscam a vida para comer, sem pensar no futuro.
Mais com os humanos eu vejo de maneira diferente, pois somos conciêntes. O que eu não entendo é como essas "tribos" que você fala são motivadas, não acredito em uma auto-motivção onde só o presente que importa e vivemos para saciar desejos. Mas caso eles tem uma visão sobre o futuro é claro que querem algo melhor, e se querem algo melhor ja entramos em um modelo de ambição, e é ai que complica tudo e ai que eu me perco.
Você precisa abrir sua mente, André. Existem vários tipos de racionalidades. A que você se refere é a razão instrumental, mas existem outras racionalidades. Jurgen Habermas, por exemplo, propõe a razão comunicativa.
Se tiver tempo, veja esse artigo:
http://www.cfh.ufsc.br/~dich/Texto%20do%20Caderno%2018.doc
Mas aí acho que estamos desviando do tópico inicial do texto.
Fred estamos desviando sim, mais acredito que é uma discussão interessante, que por mais que saia do assunto tem retorno. Pelo menos eu aprendi muito aqui até agora, e vou ler sim o que você mandou.
Sobre "Abrir a mente", você tem razão, to muito centrado só no que eu penso, tenho que começar a ler, análisar, entender e críticar outras opiniões, assim como entender outros conceitos que melhoram o entendimento de outro.
E não é só você que falou isso para mim, o Fernando disse por e-mail também.
Fred li o .doc, e ainda procureir outras fontes, o wikipedia não tem ra~zçaõ comunicativa mais sim ação comunicativa.
De qualquer forma o .doc tava muito complexo e complicado de entender.
Você não poderia sintetizar bem resumidamente o que se tratam ambas para mim?
O Jurgen Habermas é um dos autores da sociologia mais difíceis de entender, mas posso resumir bem rapidamente:
Racionalidade instrumental: se apropria dos objetos e sujeitos para atingir determinados fins. É aquela visão do Design de serviços de que falei no artigo. A razão instrumental persegue uma verdade única.
Racionalidade comunicativa: promove interações horizontais entre as pessoas, tendendo ao consenso, mas não necessariamente o atingindo. Seria o equivalente à minha proposta de Design Negociado. A razão comunicativa não está preocupada com o fim, até porque ele não existe: não existem verdades únicas, mas sim relativas e, portanto, o único critério de verdade válido seria a própria busca pela verdade, o movimento, o debate.
Esta última é mais difícil de encontrar na sociedade moderna, mas acredita-se que a razão instrumental esteja em crise diante das catástrofes ambientais e sociais que a exploração desenfreada (instrumental) tem causado ao mundo.
A comunicativa então seria como se cada tese é um conceito úlnico e efemero, no qual não podemos considerar uma verdade pelo fato de estar sempre em mudança?
No Design Negociado se aplica essa idéia de forma com que a interface esta em constante mudança em prol das necessidades do usuário?
Ou uma coisa não tem nada ver com a outra?
Ainda muito confuso...
Não, van Amstel. Li Marx sim, e justamente por isso o considero o supra-sumo da idiotice e do vigarismo intelectual.
Agora o que mais me irrita em esquerdopatas infantis como o Sr., que por sinal, já passou da idade de não entender esse tipo de babaquice, é querer enfiar a "crítica ao capital" em tudo que aparece.
Cara, vai estudar o que é capital. Se você leu "O Capital", e concordou com aquela idéia idiota e caduca do capital viariável, 150 anos depois de ela ser escrita e sem apoio teórico sério nenhum hoje, você deve voltar a estudar usabilidade e afins que você entende. Não inventa de meter o nariz onde não entende.
Aliás, não sei porque quase todo jornalista acha que entende de todos os assuntos. Na verdade, eu suspeito a razão. Acabam aprendendo um pouco de cada coisa, em razão de sua completa falta de foco, e acaba falando asneiras sobre o que desconhecem, que nunca estudaram de verdade. Que leram meia dúzia de livros no Livro Vermelho mais próximo e acham que descobriram a última sabedoria empoeirada do fundo do baú.
Vai contaminar outra profissão, vai van Amstel.
Ou então se muda pra Coréia do Norte. Lá quase não tem capital. É uma beleza.
Esses jornalistas....
Luís Silva, por favor né... Coisas como essa é melhor mandar via e-mail para o Fred.
E em defesa a ele, além de jornalista o Fred tem outras informações, sem contar que a idéia do design materialista, marxista e dialético em algum momento ele teve que estudar o Capital.
E a propósito:
"que por sinal, já passou da idade de não entender esse tipo de babaquice"
Acho que quem usa "babaquice" são crianças, ta na hora de você passar de idade e escrever certo na internet.
Luiz, só posso te dar um conselho: crie seu próprio blog com suas idéias reacionárias e assim teremos um contraponto. Eu não vou deixar de escrever o que escrevo só por causa de um comentário ofensivo como o seu. Se você tiver um blog com alguns textos bem estruturados eu penso no assunto, tá?
André, tudo o que você perguntou sobre a razão comunicativa eu responderia sim. E é bem confuso mesmo no início pois se trata de algo bem diferente dos modos dominantes.
Eu não descreveria o capitalismo como o dinheiro/capital sendo a principal base do mesmo, e sim como o status que o dinheiro tras como sendo a base. Com isto em mente vc n consegue diferenciar uma sociedade tribal de uma sociedade capitalista, ambas o status é algo que esta dentro das pessoas ou a maioria delas.
lol o Luiz não gosta do Fred que gosta de marx que não gosta de capital que gosta de monopólio...
Fernando Arnoso, por mais que na sociedade capitalista exista um certo status econômico, e em tribos não. Em ambos sistemas há hierarquia. E é ai que acaba dando na mesma, pois cada um ainda se submete á um status...
Valeu Fred, to começando a entender, acho 5 % eu ja peguei, agora falta o resto do iceberg. ^^
André, eu escrevi que a base é status, não sei o que vc tentou dizer com seu comentario. E tambem tente pensar em individuos da mesma classe hierarquica.
Fred,
O termo design já é mais do que elástico, gostem os designers ou não. Acho que esse nem é o grande problema pois toda área do conhecimento humano responde, em maior ou menor grau, às pressões das transformações sociais.
Se observarmos, por exemplo, a evolução do 'funcionário' para o 'colaborador' e entendermos isso como um índice do nosso momento histórico, parece razoável a idéia de que não adiantará muito ficar se debatendo contra os cake designers, hair designers, life designers e afins. É uma demanda de mercado antes de ser uma evolução conceitual da área.
De qualquer forma, você sugere que o design é a síntese das múltiplas definições e isso pra mim faz mais sentido na práxis do que numa eventual epistemologia da área. Não acho possível sintetizar uma definição de design que dê conta do cake e do interaction design simplesmente porque são universos cognitivos diferentes.
As características que o Lombardi cita são ocas
pra mim, quase senso comum. Elas dão conta de descrever o processo generativo de um bolo ou um foguete pra ir à lua e contribuem muito pouco para entender realmente onde e como o design se manifesta. Em relação ao Habermas, pelo que lembro (não é minha praia) ele tem sérias críticas ao materialismo histórico como proposto por Marx e isso deve gerar um nó pra você em algum momento.
Acho no mínimo pretensiosa a afirmação de que o design seria uma das poucas áreas capazes de lidar com a vida moderna. Não é um jeito especial de olhar, nem a posse de um olho de Thundera. A questão não está no jeito que a área opera, mas no exercício daqueles que se dizem designers em um determinado momento sócio-histórico.
Um designer sozinho na Apple não faz nada. Ele precisa de pessoal de marketing, p&d, engenharia de produção, publicidade etc etc etc. Talvez a única diferença importante é a idéia de que os designer sempre tiveram 'produtos' (no sentido do marketing) como objeto de trabalho enquanto algumas áreas demoraram a compreender isso, tentando vender 'coisas'. Experimente ouvir o que um cake designer diz sobre seu diferencial de trabalho em relação aos confeiteiros.
Essa discussão do que é ou não é design parece eterna e não vai chegar a lugar nenhum. A sorte é que ninguém precisa explicar o que é design pra pegar ou defender um trabalho.
Não conhecia o tal do Cake Design. Acho que esse pessoal usa para se referir à complexidade de projetar o produto diante dos requisitos de estética, custo e técnicas de produção. Também como estratégia de diferenciação: se eu falo que sou confeiteito, você imagina que eu faço bolos; se falo que sou cake designer, você fica curioso aí eu explico que o bolo tem diferentes tipos de ornamentos, que ele pode ter partes falsas e etc. Posso até cobrar a mais por isso, afinal, quem é que tem o privilégio de ter um Cake Designer em sua festa?
Essas pessoas não decidiram usar o termo Design do nada. Na prática delas, existem alguns elementos que são similares à prática de designers profissionais, ou mais especificamente, ao que essas pessoas foram informadas sobre a prática de Design. Ou seja, se está acontecendo um alargamento, é porque as definições que as pessoas tiveram acesso permitiam isso.
Em última análise, quem define se é design ou não é design são as próprias pessoas que estão usando o termo design. A questão é o que elas querem dizer com o termo design nesse contexto. No caso do Lombardi, ele fala de um modo especial de trabalhar nas empresas (e que você nem acha especial), e no caso da Cake Designer, ela fala de um jeito especial de fazer um bolo. Ambos podem estar certos, porque não?
Concordo, pra mim (como pesquisador social) o que vale é o que as pessoas elaboram como discurso.
A questão é como problematizar, investigar e compreender essa práxis que chamamos de design se absolutamente tudo pode ser pensado sob esse tal prisma que está colado no nome (o 'o quê') e não no devir (o 'como').
Já pensou seu design negociado, materialista dialético, amplamente utilizado na fabricação de bolos? Sinistro hehehehe...
Eu estou convencido que já passou da hora de abandonar a conceituação dos processos como estratégia de investigação do design. Se frente aos bolos, cabelos e foguetes a única coisa invariável é a presença do usuário, talvez o elo de ligação entre o caos dessa selva de nomes esteja do outro lado do problema.
Abraços!
Pois é, mas eu estou justamente tentando conceituar o Design para fora dos domínios dos designers profissionais. A idéia é justamente acabar com o monopólio que designers e pesquisadores exercem sobre o Design.
As pessoas não treinadas ou reconhecidas formalmente tanto podem fazer design quanto podem conceituar design. Por isso não discuto o mérito do Cake Design e sim vejo o que a pessoa quer dizer com isso.
Não concordo que o elo invariável seja o usuário. Esse alargamento está justamente tornando pessoas que estavam restritas ao uso e reprodução (como por ex a cabelereira que só copiava o que vinha nas revistas de moda) em agentes criativos, ou seja, designers de suas próprios trabalhos.
Fred,
A única coisa que eu sei nesse caos todo é:
---------------------------
sem usuário não há design
---------------------------
É nesse ponto que vejo uma possibilidade de acordo no caos das definições, se é que precisamos disso. Do cake ao hair designer, todos estão o tempo todo propondo satisfação das necessidades de alguém, aproximação com alguém, diálogo com alguém.
Ato criativo por ato criativo, toda e qualquer manifestação artística individualista também poderia ser entenida como design (vem aí o 'art' designer?)
Mas quando um artista planeja uma instalação para ser percorrida, manipulada, experienciada, por que não falar em design? Uma hora o problema é o método, outra são os processos... Pra mim é indiferente: Desenvolvimento das culturas material ou imaterial de um grupo humano visando interações futuras com a estrutura sócio-cultural ou com o ambiente físico é design e ponto final.
Abrax :)
Bem isso,
ato criativo ... design.
É maravilhosa essa idéia de:
"sem usuário não há design".
--
e saindo um pouquinho do post...
· Design(algo criativo com participação dos usuários) Interação(Relacionamento de usuários)
Criatividade com Interatividade e isso com foco nos usuários.
É tudo de bom!
Parabéns a todos pela discussão. Li desde o início ao fim, é enriquecedor, aprendi bastante. Continuem assim, um dia quando tiver conhecimento suficiente, acerca de determinado assunto, eu tento discutir com vocês.
Concordo com o Hogo quando ele diz que sem usuário não há design.
Parabéns a todos e boas festas.
Estasiante, impressionante e muito rico todo o conteúdo aqui presente nesses comentários e no proprio artigo a cerca de design.
Sou um estudante do nível superior em web design e trabalho na área estudando a respeito de padrões web e suas ramificações e estou adorando todo esse debate.
Grande abraço a todos.
Oi Fred!
Feliz 2008 pra você!
:o)
Beijocas!
Melhorar uma coisa que já existe, pode ser considerado design, não pode? Um cabelereiro de verdade, olha o formato da cabeça, como é o cabelo, se é fino se é ondulado e propoe para a pessoa o que lhe ficaria melhor, de acordo com as tendências atuais. Então um Bom cabelereiro pode dizer sim que pratica o Hair Design.
um abraço
Muito bem comentado por Hugo Cristo "sem usuário não há design", por isso acredito que todo projeto deve ser focado no usuário.
A rentabilidade (falada lá em cima) vem por causa do usuário, se ele não se sentir bem recebido, bem atendido não vai usar nada (nem falar do produto/serviço para mais pessoas). O usuário nunca deve sair do nosso foco.
Mas a discussão era sobre o termo design... e realmente a coisa está se espalhando... talvez seja porque é a forma que as pessoas se entendem (no momento) e cai no "sou bem atendido".
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