RIA do Ajax
Ajax é o nome criado pela
Adaptive Path e RIA - Rich Internet Applications - é o criado
pela Macromedia para definir as aplicações ricas que rodam na Web. Tecnologias diferentes com o mesmo objetivo: melhorar a experiência do usuário.
Palestras online gratuitas sobre Flash
(3 comentários)
[Atualização] A palestra está disponível para donwload por alguns dias. Quem não pôde estar presente, agora não tem mais desculpa ;)
O Flash User Group São Paulo adiou a conclusão do ciclo
de palestras Heavy para os dia 10 e 11 de novembro de noite. Eles marcaram
anteriormente palestras nos sábados, mas a Macromedia esqueceu de avisar
que nesse dia o servidor do Breeze entra em manutenção.
Na quarta-feira teremos palestras sobre Actionscript com Maxwell Dayvson, Neto
Leal e Gabriel Laet. Na quinta, teremos mais Actionscript com o Laet e em seguida,
minha palestra intitulada A Vocação do Flash: Ria, Hotsites
e Infográficos, cujo resumo segue abaixo:
Para quê o Flash realmente serve? Para trazer maior usabilidade
para aplicações, mais emoção para a publicidade
e ensinar conceitos complexos através da hipermídia. Isso é
o que ele faz de melhor e sem concorrência. Usá-lo para substituir
HTML e criar introduções animadas é desperdício
e equívoco. Entenda os prós e contras do Flash e os conceitos
que ele permite por em prática.
Quem não puder estar online no momento da palestra, fique frio. Elas
serão gravadas do mesmo jeito que essa palestra sobre Flash
na publicidade online, do Fabiano Cruz. Outras palestras gravadas, vejam
no site deles.
RIA para as crianças
(2 comentários)
Estava lendo uma matéria sobre uma conferência sobre design de interação para crianças e caí num dos projetos de um conferencista, que é fantástico: uma biblioteca virtual de livros infantis, tudo de graça. E livros bons! O próprio website da biblioteca tem um design primoroso que serve tanto para crianças quanto para adultos:
- contrastes suficientes para criar um clima, não dói o olho
- sem imagens inúteis
- textos curtos e em fonte grande
- iconografia muito precisa e com personalidade
- identidade visual consistente ao longo das páginas
- navegação visual (através de imagens hiperlinkadas)
Agora a parte que mais nos interessa: eles tem uma versão em RIA, feita em Java. Se fosse Flash, poderia ter evitado de travar minha máquina e provavelmente o download seria muito menor, mas talvez assim seja mais fácil de encontrar programadores habilitados.
A interface da aplicação não desanima. É ainda mais visual que o website e pode ser facilmente operada por uma criança ávida por leitura. Tem um modo de leitura que eu achei particularmente instigante, o modo de espiral, veja nesse adorável livro árabe.
Só fico com um certo receio da saúde ocular das crianças do futuro próximo... precisamos de monitores melhores urgente! E de preferência em laptops.
Se aproveitando dos patterns
(1 comentários)
A tradução dessa palavra literal é padrões, mas acho que não é muito adequada. Na prática o termo indica uma identificação de uma boa prática com relação a elementos de uma interface. Por exemplo, abas duplas é uma solução muito usada quando você precisa estabelecer uma hierarquia de dois níveis de navegação numa barra que está no topo do layout.
Note que o cara que identificou esse pattern especificou o problema que ela resolve, quando usar, como fazer, porquê e ilustrou com belos exemplos. Webdesigner que se preze tem que reservar um tempinho vago e dar uma olhada em simplesmente todos os patterns de webdesign identificados pelo Martijn van Welie. Quem ainda não está de inglês afiado, se manifeste que montamos uma força-tarefa para traduzir tudo e quem sabe, identificar novos patterns.
Outro conjunto de patterns bem interessante é o da Jenifer Tidwell. Os delas se referem a softwares, mas todos esses conceitos podem ser adaptados para interfaces de websites e aplicativos web. Material valiosíssimo para constituir o framework de soluções de um design de interface. Aliás, gostaria de ter isso impresso para consultar mais facilmente. Alguém já viu algum livro que tem isso?
Sinta o primeiro Macintosh
(1 comentários)
Uns webdesigners alemães mac-loucos fizeram um simulador do System 7 (1991), rodando em Flash. Esse sistema é bem parecido com o original feito para o primeiro Macintosh, em 1984. Inaugurou as interfaces gráficas, revolucionou o mundo da computação, influenciou gerações. Como pode ver, até hoje ainda estamos nessa de WIMP (Windows, Icons, Menus and Pointers) desde aquela época e parece que ainda vai demorar muito até que alguém crie metáforas mais eficientes que essas.
O Flash, como disse numa entrevista para o Comunique-se, está forçando uma evolução mais rápida das interfaces gráficas, por facilitar e muito a experimentação. Antes dele surgir, para criar interfaces mais avançadas, era preciso manjar de Director, ou senão Delphi, Visual Basic e similares. Agora, qualquer fuçador consegue mexer nele e fazer coisas impressionantes.
A flash-cloaca do Jornalismo
(3 comentários)
Marcos Weskamp inventou um visualizador das notícias do Google News (um agregador de todos os grandes jornais online). Apesar de praticamente inutilizável porcausa das quebras-de-linha excessivas e textos em fontes pequenas demais para serem lidas, é bem bonito e interessante. É algo como olhar para uma consciência coletiva, só faltou atualizar dinamicamente para ter esse efeito ao máximo.
Anteriormente, esse louco por Flash havia participado de um experimento em que era possível dirigir um carrinho de controle remoto através de Flash Communicator lá no Japão (eu testei e funcionou).
Flash não roda no Palm
(16 comentários)
De uns meses pra cá, tem gente perguntando nas comunidades como rodar Flash nos Palm da vida. Pra começar, a Macromedia ainda não lançou player para o sistema operacional do Palm, que é a linha mais popular de handhelds (e a mais usável). Porém, os handhelds baseados no Windows CE (Pocket PC) tem até o Flash Player 6 disponível. Os Clié da Sony, raros aqui no brasil, também rodam. A lista de dispositivos suportados da Macromedia tá aqui.
Para Palm, existem ainda algumas soluções não-oficiais, mas que podem
servir em casos urgentes. Porém, acredito que ele deve ocupar espaço grande demais no aparelho. Essas máquinas costumam ter de 8 a 64MB de memória, cada mega é precioso. Por isso, às vezes um simples XHTML pode ser uma solução ao alcance de qualquer webdesigner. Quem usa Palm, em geral, instala alguma navegador de HTML.
Quem quiser saber mais sobre Flash fora do PC, tem um livro legal que eu
resenhei, mas que já tá defasado (2002).
Cerveja xará dá show de Flash
(3 comentários)
Não repare a cacofonia do título, é que estou emocionado. Só de onda digitei www.amstel.com (o meu sobrenome) para ver onde entrava. Claro, imaginei que fosse entrar na cervejaria de mesmo nome que já conhecia (e que não é da minha família, ok?). O que me impressionou foi que o site é um exemplo de usabilidade no Flash, haja coincidência!
É uma prova de que usabilidade não significa website feio. Ele é bonito, atrativo e extremamente funcional. A começar pelo aproveitamento de streaming (fluxo de dados - mostrar conteúdo na medida em que carrega) e a velocidade de download. Estava numa conexão discada e ele foi tão ou mais rápido do que um website similar usando HTML. A versão do Flash que ele pede é a 5, a mesma que eu uso nos meus projetos. A execução técnica é tão perfeita que estou até mais receptivo com relação ao uso de frames.
Fora o aspecto técnico, eles exploraram bem a vantagem visual do Flash e há imagens estouradas de fundo, textos curtos e até um (pasme) infográfico interativo na seção About Amstel > Pouring Tips. Na história da cerveja, tem pseudo-vídeos com a técnica de recorte de imagens, pouco conhecida e muito interessante. O menu tem uma leve mudança de cor imperceptível ao olhar desavisado, mas com uma influência terrível sobre a motivação do usuário em clicar mais.
Seleção natural e o futuro do flash
(41 comentários)
A febre pelo Flash passou. A partir de agora, ele só vai sobreviver em nichos específicos que a Macromedia está desperadamente tentando encontrar. Digo isso porque li uma notícia que a EGO7 lançou um gerenciador de conteúdo em Flash (todo mundo deve lembrar do site deles que tinha uns vídeos de silhueta e uma aparência de desktop). Pois é, veja como ficou agora o site deles. Ahhh.. aderiram ao webstandards assim como a WDDG e muitos outros? Antes fosse. Os caras criaram um pseudo-html em Flash. Para que então ser Flash, seus animais?
Eles devem ser tão cabeça-dura que não leram as vantagens de adotar webstandards. Falam que seu sistema separa conteúdo de formatação e isso facilita a vida dos administradores do site. E o usuário onde fica? Ele também não pode ter essa separação? Não, porque o Flash não permite. Aí você pensa, e eu com isso? Você talvez não use o Opera que desliga os estilos da página, talvez não tenha um Palm, mas com certeza você usa o Google. Repito pela enésima vez, nada disso funciona com Flash.
Hoje em dia é assim: não tem compatibilidade, tá fora. O meio digital está deixando de ser uma Torre de Babel e estabelecendo os padrões. É preciso adotá-los a qualquer custo. Esse é o fator seletivo. Não que a Macromedia não esteja ciente disso e não esteja fazendo por onde. Só acho que ela está lenta e perdendo tempo com coisas com o Central, totalmente anti-web. Eu ainda acredito em Flash para infográficos, hotsites e RIAs. Só não sei até quando.
Sintetizador de voz em Flash
(25 comentários)
Essa menina me surpreendeu! Consegue sintetizar com perfeição frases escritas em diversas línguas e com uma velocidade extremamente rápida. Claro, já tinha visto versões similares no desktop, mas nunca com uma voz tão natural e ainda mais em português.
O website da empresa que cria esses avatares faz várias sugestões de como usá-los para tirar dúvidas e atender o consumidor. Segundo eles, torna os websites mais humanizados. Bem, eu acho que pode ser bem interessante para tornar os atuais atendimentos via chat mais interessantes, desde que haja uma pessoa real por trás das palavras da atendente virtual. É uma alternativa melhor do que uma webcam, porque economiza banda, somente áudio é transferido.
Em breve, vocês verão o microfone se tornar um dispositivo de entrada de dados viável para o PC. Quando isso acontecer, será um passo para atingir outros dispositivos. Imagine navegar na Web enquanto se está dirigindo o carro, cozinhado ou o que seja, só através de comando de voz? Computação ubíqua.
A pior barra de rolagem que já vi
(22 comentários)
Essa foi a campeã! Conseguiu me deixar muito nervoso. Se eu não dissesse que havia uma barra de rolagem ali, provavelmente vocês não notariam. Minha primeira tentativa foi de tentar clicar na pseudo-seta que tem embaixo. Depois fiquei clicando feito um louco até algo se mexer. Aí descobri que a trubisqueta lá em cima era o atual botão mediano. Daí depois de rolar, o negócio ainda sacode, impedindo a leitura que estou fazendo.
Galera, inovação não significa quebrar com todas as convenções já estabelecidas. Inovação é viabilizar uma idéia que traz uma nova visão sobre coisas velhas.
Macromedia Central não deslancha
(0 comentários)
1 ano após lançar a idéia inicial e a Macromedia ainda não conseguiu convencer o mercado de que vale à pena investir no Central. Confesso que no começo achei a idéia boa, mas depois me desinteressei porque a Macromedia cobra pra você por no ar alguma coisa. Veja o que esse cara diz na reportagem para a CNET:
Se você segura uma cenoura na frente de um burro, ele vai andar atrás dela. Parece que o esquema de licensiamento do Central é uma cenoura do outro lado do Atlântico e o burro não sabe nadar
A meu ver, para uma tecnologia ter sucesso na Web, ela tem que ser como a Web: livre, código-aberto e democrática. Me parece que o Central vai contra tudo isso e creio que vai perder a concorrência para XUL e quem sabe Avalon.
Os chunchos do Flash
(4 comentários)
John Boy escreveu um artigo muito engraçado no FlashMasters que mostra como será dura nossa vida quando esse negócio de RIA pegar:
"Vamos lá crianças, nem tudo é perfeito...nem vem que não tem, todo mundo sem exceção sempre tem algo escondido embaixo do tapete. Mas o que não da pra esconder mesmo é o tamanho dos files usando os componentes, quase inaceitável para a internet do país do Lula. Brincando, brincando um arquivo com um xmlConnector, um dataset e um datagrid têm 97k, fora todo o design, imagens, embed fonts e etc....fazer o que? É o futuro da web onde dial up's não estão incluídos, a não ser que se tenha muita paciência.
Kartoo, um buscador visual
(1 comentários)
Há alguns anos atrás, não me interessei muito pelo Kartoo, a não ser pelo fato de ter sido feito em Flash. Eu disse a um amigo: "é assim que os buscadores do futuro serão, imagine quando ele começar a exibir tantos resultados quanto o Google". Por acaso, caí nele hoje e gente, me surpreendi. Como evoluiu a ferramenta!
Pra começar, ele está exibindo resultados muito mais relevantes. Ao contrário do Google, ele foca na qualidade e não na quantidade. A estética geral está muito mais atrativa, as metáforas visuais empregadas para mostras as relações semânticas está genial e a interação muito pertinente. Dá só uma olhada na busca que fiz com as palavras "usabilidade" e "flash":
Ele conseguiu descobrir que este blog, o do Jonas Galvez e o da Simone estão relacionados!
À primeira vista, ele mostra um conjunto de páginas e suas sub-páginas, palavras-chave sugeridas para refinar as buscas e as relações entre esses elementos. Quando você passa o mouse sobre os links, você pode ver um preview do conteúdo no canto esquerdo (o conteúdo equivalente exibido pelo Google). Nos menus, também foi aplicada a filosofia do clique mínimo, ou seja, ativar no onRollOver.
Acessei pela minha conexão discada e funcionou muito bem. Não à jato com o Google, mas vale à pena esperar pelos dados que o Google não mostra eficientemente: as relações entre as páginas. Creio que para algumas tarefas específicas, como pesquisar sobre um assunto desconhecido, o Kartoo pode ser muito útil. Fiquem de olho.
Remédio para Ecommerce doente
(4 comentários)
Parece puxa-saquismo, mas fiquei tão indignado quanto o Tog depois que
li seu
artigo
criticando as vendas pela Web. Porque não contratam um cara bonito
e competente como eu para resolver esses problemas?
Segue resumido os 10 motivos e meus comentários de como as Aplicações
Ricas de Internet feitas com Flash podem ajudar ou piorar a situação:
- É mais rápido o telefone ou ir pessoalmente à loja
do que esperar carregar a página.
-^- vetores e instanciamento no Flash permite alta compactação,
pode ficar mais leve que HTML
- Propagandas estúpidas ofuscam o site
`v´ e o Flash sempre está envolvido nisso porque dá muitos
poderes a acesso fácil
- A informação para a decisão de compra é insuficiente
-^- Flash pode "socar" mais informação em menos espaço
através de objetos que se escondem e aparecem
- A busca não pode encontrar
--- se por um lado conteúdo em Flash não pode ser indexado,
por outro ele possibilita outras formas de busca, como o product
finder da footjoy.
- Incompatibilidade com o software do usuário ou sistema de pagamento
`v´ Flash player é mais um plugin chato e cada vez mais engorda
(800Kb na versão 7, 300Kb na 4)
- A lista de compras é perdida se cai a conexão ou queda
de luz
-^- Flash dispõe de um sistema de cookies avançados (Shared
Objects) e pode gerenciar muito melhor problemas com conexão e outros
erros. Além disso, ele apresenta dados dinâmicos sem precisar
atualizar a página, ao contrário do terrível caso do
TicketMaster
- O site parece sugerir que você compre em outro lugar
- Usuários precisam digitar dados exatamente como é pedido
no formulário
-^- é possível fazer processamento de dados no cliente para
validação e formatação
- O comprovante de pagamento é impresso toscamente
--- é melhor do que imprimir frames, mas muitos desenvolvedores quebram
a cabeça para ajustar a impressão no Flash. Na versão
7, ele ganhou um suporte muito melhor nesse aspecto
- Problemas com a proteção do cliente
Bons exemplos de RIAs ajudando o ecommerce podem ser encontrados na série
de artigos de Chris McGregor.
Preloader lento não é tão ruim
(10 comentários)
Escrever esse
livro está
me fazendo relativizar tudo o que aprendi como terrífico no Flash design...
Já li
um
milhão de artigos dizendo que os arquivos devem ser pequenos e os
preloaders informativos. Mas até hoje, ninguém relacionou isso
com a dicotomia entre o tempo percebido pelo usuáiro e o tempo real decorrido.
Sim, podemos criar a
ilusão de que o tempo está passando mais
rápido. Como?
Jogos,
animações hipnotizantes
e informações sobre o que o usuário pode esperar do que
está sendo carregado já são comuns.
O segredo é saber qual recurso vai ser mais adequado para a expectativa
do usuário. Um jogo para alguém que espera por informações
financeiras pode arruinar a imagem da aplicação, mas mostrar as
algumas cotações pode ser útil. O jogo (ou outra solução
que exija interatividade) também tem a desvantagem de que não
pode ser interrompido quando o carregamento terminar, então um aviso
sonoro e visual devem ser bem claros quando isso acontecer.
Para não destruir a ilusão do tempo decorrido, não fazer
menções ao tempo no preloader, como mostrar o estimado para o
término o tempo gasto. Melhor trabalhar só com porcentagens.
Nota: estou lendo um artigo do Bruce Tognazzini que está me dando
esse tipo de insight. Ele faz uma comparação
entre o ofício do mágico e do designer de software. Para os
que lêem inglês, it´s a must read!.
Compre com sua webcam
(1 comentários)
Sim, é isso mesmo que você ouviu. A Userplane fez uma aplicação para atendimento online para a CoolestShop, loja voltada para público jovem. Testei, mas na hora não tinha o atendente com webcam. Serve como exemplo pra ilustrar a necessidade que sentimos de comunicar com outras pessoas, afinal ninguém fala com pedras.
Humanizar interfaces é bom, conectar pessoas também. Mas tudo a seu momento. Por enquanto prevejo que o cliente que tentar usar esse recurso ficará frustrado com a velocidade de transmissão. Além disso, pela interface deu pra ver que o atendente não faz nada que pelo telefone não possa fazer. Ou será que ele vai ficar mostrando os sapatos pra webcam? Vai ficar parecendo comercial do Shoptime de fundo de garagem...