Haja paciência para usar computadores hoje em dia. Mesmo os problemas de software do tipo interfaces complicadas, congelamentos constantes e erros diversos são menos maus do que os desconfortos de postura, iluminação, poluição sonora e outros que afetam nosso corpo durante o uso computador.
Haja paciência para usar computadores hoje em dia. Mesmo os problemas de software do tipo interfaces complicadas, congelamentos constantes e erros diversos são menos maus do que os desconfortos de postura, iluminação, poluição sonora e outros que afetam nosso corpo durante o uso computador.
Antigamente já foi muito pior, mas ainda hoje quem mexe com computador está realmente muito interessado ou não tem outra alternativa.
Lentamente, as cadeiras estão mais confortáveis, escrivaninhas mais adaptadas e monitores com taxa de atualização mais rápida (o que reduz a tremulação da tela), tudo isso cada vez mais barato. Porém, mesmo com esses avanços, não foi possível banir a dor nas costas, a lesão por esforço repetitivo (LER), o cansaço nos olhos e na mente.
Pra você que está acostumado, é ficha. Se você está lendo esse artigo, faz parte do grupo dos realmente interessados. Agora vá perguntar àqueles que são obrigados o que eles acham disso. Queixas, muitas queixas.
Porém, mesmo os hard–users ficam cansados depois de algumas horas e sempre estão correndo contra o tempo para terminar as tarefas o mais rápido possível. Levantar da cadeira do computador é ou não é um alívio?
Esse é um dos grandes motivos da pressa crônica dos internautas. Da pressa, vem a impaciência e da impaciência vem a inquietação. Se algo frustra o usuário, ele fica irritado. Alguns chegam a praguejar o computador em voz alta. O website insolente que faz esperar 40 segundos para carregar merece um esnobe Alt+F4 dos usuários experientes. Quando se está muito interessado no assunto, a misericórdia é o Alt+Tab. Mas e o usuário que não conhece esses atalhos? Ele fica mais nervoso ainda!
No ambiente multitarefa em que se tem dez janelas abertas, o usuário não se concentra muito em cada uma delas. Por isso, não se pode exigir muito dele. Ele é frio e dificilmente poderá ser atingido por uma propaganda que apela para o sentimental nessa ocasião.
No final das contas, quem trabalha com comunicação pela web precisa sempre partir do princípio que o usuário está estressado. Não mexa com ele ou ele vira bicho.
Sorte que os bad boys bombados em geral não encaram o computador. O perfil do usuário hoje ainda é a pessoa calma, paciente e misericordiosa. Alguém que não daria um soco no monitor mesmo depois de apertar uma tecla por engano e perder horas de trabalho. Talvez por isso a internet ainda tenha tão nobres propósitos.
Este artigo foi originalmente publicado no Webinsider.Siga-me no Twitter, Facebook, LinkedIn ou Instagram.
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